Em declarações à agência Lusa, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila Alva, João Maria Santos, indicou que o surto no lar da instituição, detetado no dia 23 de setembro, já infetou com o coronavírus SARS-CoV-2 “56 utentes e 12 colaboradores”.

“Tivemos uma morte. Uma utente de 72 anos, que tinha algumas comorbilidades associadas a doenças respiratórias e cardíacas”, realçou, referindo que esta foi das primeiras pessoas a fazer teste com resultado positivo na instituição.

Quanto aos outros utentes infetados, precisou o responsável, quatro encontram-se internados na enfermaria do hospital de Beja, porque “têm alguns problemas de saúde e é necessário um acompanhamento mais próximo”.

Os restantes encontram-se no lar e alguns deles, como “já estão há mais de 10 dias” com a doença, “estão a recuperar bem”, pois “já não têm febre e tosse e já se alimentam normalmente”, sublinhou.

Segundo o provedor da Misericórdia de Vila Alva, os utentes infetados do lar, que foram todos vacinados no início deste ano, tiveram sintomas “leves a moderados”, nomeadamente com “tosse, desconforto, dores no corpo e febre”.

“Temos uma população de utentes bastante idosa e alguns têm complicações de saúde e, mesmo assim, temos conseguido que as pessoas não tenham problemas mais graves e isso deve-se à vacina”, argumentou.

De acordo com o responsável, os primeiros casos no lar da instituição, que tem um total de 84 residentes, foram detetados com testes rápidos, depois de uma funcionária ter ficado em isolamento profilático, devido a um surto na creche da filha.

“Sobrevivemos a todas as outras vagas da doença, chegámos a ter colaboradores infetados, mas, com medidas que tomámos, nunca houve transmissão de colaborador para utente”, pelo que, agora, “este surto causa-nos alguma perplexidade, porque não conseguimos identificar a sua origem”, afirmou.

João Maria Santos realçou que essa funcionária, que acabou por fazer teste positivo para o vírus que provoca covid-19, “não deve ter sido infetada pela filha” e não deve ter sido ela a levar a doença para o interior da instituição, mas “ao contrário”.

“A filha acabou por testar positivo seis ou sete dias depois”, o que leva-a crer que “deve ter sido infetada através da mãe”, acrescentou.

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