De acordo com a EDIA “os trabalhos arqueológicos realizados no sítio de Vila Velha de Mourão, tiveram lugar no âmbito da aplicação das medidas de minimização de impactes do projeto de construção da barragem de Alqueva, correspondentes ao período Medieval e Moderno da margem esquerda do Guadiana-concelhos de Moura e de Mourão (Bloco 15).”

Com uma área global escavada de cerca de 2.100 m2, os vestígios estruturais mais significativos, segundo a EDIA, “revelaram uma vasta necrópole constituída por sepulturas de diferentes tipologias, com sucessivas reutilizações, associada a um edifício religioso, onde se identificou uma ampla nave com pia batismal junto à entrada principal, transepto inscrito, capela e altar-mor, aos quais se encontra adossada, a Sul, a sacristia.”

Foi também identificada uma zona habitacional, onde foram escavadas três casas estruturadas em função de um eixo viário.

A EDIA afirma ainda que “cronologicamente e com base nos materiais arqueológicos exumados, nomeadamente cerâmico, é possível afirmar que a Vila Velha terá tido uma ocupação continuada desde, pelo menos, o séc. XIII até ao séc. XVI.”

A conferência de hoje está integrada no ciclo “Sob a Terra e as águas, porque há sempre novas histórias para contar”, promovido pela EDIA em parceria com a Câmara Municipal de Beja e Direção Regional de Cultura do Alentejo, com o apoio da Associação para a Defesa do Património Cultural da Região de Beja.

Este ciclo de conferências são fruto dos trabalhos de arqueologia promovidos durante a construção do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva.

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