Desafios da PAC requerem poder de negociação - Gonçalo Moreira
O resultado das próximas eleições europeias é determinante para a resposta que tem de ser dada aos “grandes desafios da União Europeia” particularmente no que toca à Política Agrícola Comum. A ideia é defendida, em nota de imprensa, por Gonçalo Moreira, candidato da AD e o rosto do Baixo Alentejo na lista social-democrata.
Segundo Gonçalo Moreira, a UE tem enfatizado cada vez
mais a necessidade de tornar a agricultura mais sustentável e as reformas da
PAC, que entraram em vigor em 2023, introduziram eco esquemas voluntários que
pretendiam incentivar os agricultores a adotarem práticas mais verdes. Ainda assim,
afirma Gonçalo Moreira, “estas medidas não se mostraram eficazes, apenas
trouxeram mais encargos económicos e burocráticos aos agricultores, com baixos
impactos ambientais e sem justificação agronómica.”
De acordo com o candidato “Portugal enfrenta desafios significativos na adaptação às novas exigências ecológicas da PAC, que podem exigir investimentos que nem todos os agricultores estão prontos ou capazes de fazer sem um apoio financeiro adequado” por isso, defende uma implementação adequada dos eco-esquemas é crucial para garantir que os agricultores portugueses possam beneficiar dos incentivos para a adoção de práticas mais “verdes”.
Gonçalo Moreira considera que “é importante ter uma agricultura mais sustentável, mas impulsionada pelos mercados e não por metas de crescimento pré-estabelecidas" e defende "uma simplificação das regras da PAC para que haja um alívio dos encargos administrativos.”
O ajuste que o orçamento da PAC sofreu devido à saída
do Reino Unido da UE, leva o candidato a afirmar que “a distribuição dos apoios
à produção tornou-se um tema ainda mais delicado, e as discussões sobre como
distribuir os fundos de maneira justa serão cruciais”
Para Gonçalo Moreira, sendo Portugal um dos principais beneficiários, tem de
estar “atento a estas negociações para garantir que os seus agricultores
continuam a receber os apoios adequados” e “garantir um fluxo constante e justo
de financiamento” vital para a sustentabilidade do setor agrícola em Portugal.
A competitividade dos agricultores europeus no mercado global, a integração de novas tecnologias na agricultura, como a digitalização, a inteligência artificial e a agricultura de precisão são, segundo Gonçalo Moreira, outros desafios que se colocam.
O candidato destaca ainda como crucial para combater o despovoamento e termos uma agricultura moderna e competitiva “o incentivo a iniciativas de desenvolvimento rural”.
De maneira a enfrentar
estes desafios, Gonçalo Moreira, afirma que “é fundamental poder contar com a
AD no parlamento europeu”.