Foto: ICNF

Em comunicado, o ICNF revelou ter identificado esta nova colónia de abutres-pretos (Aegypius monachus), constituída por 10 indivíduos adultos, na Herdade do Monte da Ribeira, no concelho da Vidigueira. 

“Estima-se que esta colónia seja constituída por quatro ou cinco casais reprodutores, embora só tenham sido observados quatro ninhos”, disse o mesmo organismo.

“A colónia foi identificada em plena época de reprodução, período especialmente sensível para esta espécie, existindo reprodução comprovada em pelo menos um dos ninhos, no qual foi possível observar um indivíduo juvenil já emplumado”, realçou o ICNF.

A época de reprodução desta espécie ocorre entre fevereiro e agosto e cada casal produz um ovo por ano.

A Direção Regional de Conservação da Natureza e Florestas do Alentejo já “encetou os procedimentos necessários para monitorizar e salvaguardar esta colónia, em colaboração com os proprietários da Herdade do Monte da Ribeira”.

O abutre-preto é uma ave necrófaga e tem estatuto “Criticamente em Perigo” em Portugal, sendo igualmente considerada de interesse comunitário e prioritária no contexto da Diretiva Aves.

Em território português, a maioria das colónias conhecidas desta espécie, que é “a maior ave de rapina da Europa”, podendo atingir os três metros de envergadura de asa, situa-se em áreas protegidas, como o Parque Natural do Tejo Internacional, a Serra da Malcata e o Parque Natural do Douro Internacional.

“Mais recentemente, em 2019, surgiu uma nova colónia” localizada na Herdade da Contenda, em Moura (Beja), a qual “conta, atualmente, com 11 casais”, precisou o ICNF.

Agora, com esta nova colónia no Alentejo, destacou, “passa para cinco o número de colónias conhecidas de abutre-preto no país”.

No comunicado, o ICNF indicou que tem vindo a apoiar a conservação da população nacional de abutre-preto em Portugal.

“De 2022 a 2027, o projeto ‘Aegypius return – Consolidação e expansão da população de abutre-negro em Portugal e no oeste de Espanha’, que tem a colaboração do ICNF, conta com o cofinanciamento do instrumento financeiro europeu LIFE, com vista a melhorar e acelerar a recolonização natural em curso da espécie”, pode ler-se.

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