Dois centros da Universidade de Évora lançam Observatório do Restauro da Natureza
Dois centros de investigação da Universidade de Évora (UÉ) uniram esforços para criar um observatório que pretende desenvolver “estratégias eficazes para a conservação da biodiversidade e a promoção da sustentabilidade ambiental”, foi divulgado.
Foto: Universidade de Évora
O denominado “Observatório do Restauro da Natureza” resulta de uma parceria entre o MED – Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento e o MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, ambos integrados na UÉ.
Num comunicado publicado na página de Internet do MED, pode ler-se que o observatório reúne “especialistas de ambas as instituições em áreas como a biologia, a ecologia, as ciências ambientais, a agronomia e a engenharia”.
“Este observatório visa desenvolver estratégias eficazes para a conservação da biodiversidade e a promoção da sustentabilidade ambiental em diversos contextos”, é referido.
Pretende-se, sublinham, “contribuir com conhecimento técnico e científico na orientação de políticas públicas de conservação e de restauro ambiental e no aconselhamento de práticas que respeitem a sustentabilidade social e económica”.
Segundo os promotores, entre as áreas abrangidas, estão “os sistemas agroflorestais e os ecossistemas aquáticos, como rios, estuários e zonas costeiras”.
Está previsto o desenvolvimento e promoção de “projetos inovadores privilegiando as ações de restauro ecológico que incorporem soluções baseadas na natureza”, sublinharam.
Citados no comunicado, os diretores dos dois centros, Fátima Baptista, do MED, e Pedro Raposo de Almeida, do MARE, mostram-se confiantes no sucesso desta parceria.
“Acreditamos que a colaboração entre os nossos centros de investigação resultará em progressos significativos no domínio do restauro da natureza, contribuindo para a concretização das metas definidas pela ONU no âmbito da lista de objetivos de desenvolvimento sustentável”, salientaram.
De acordo com os promotores, este observatório “surge num momento chave”, pois coincide com a “aprovação da Lei do Restauro da Natureza pela União Europeia, que se compromete com a recuperação de áreas degradadas e na Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas 2021-2030”.
Ainda no âmbito desta parceria, a UÉ, através de investigadores do MED e do MARE e de outros membros da Aliança de Universidades Europeias EU GREEN, com o apoio do programa Erasmus+, realizou recentemente a primeira formação intensiva em “Restauro Ecológico para a Sustentabilidade dos Ecossistemas”.