E-Redes: Leilão de mercado local de flexibilidade para potências superiores a 10kW-Beja está no projeto
A E-Redes anunciou o lançamento do primeiro leilão de mercado local de flexibilidade em Portugal, que pretende integrar mais energias renováveis na rede, comprando potências superiores a 10 quilowatts (kW). Beja é uma das oito zonas onde o projeto piloto vai avançar.
“Nos próximos dois meses, todos os utilizadores da rede elétrica, ligados nas zonas abrangidas pelo piloto, podem participar neste leilão, desde que entreguem individualmente uma potência superior a 10kW, ou em alternativa, através de uma entidade que agregue vários utilizadores de rede e que consiga entregar em conjunto, no mínimo, 10kW, através da união de um portfólio de ativos”, referiu a E-Redes num comunicado divulgado.
Os leilões decorrem na plataforma Piclo, sendo que os interessados devem registar-se através de um questionário, para que a distribuidora entenda o perfil dos utilizadores.
No total são oito as zonas abrangidas no projeto-piloto: Beja, Bombardeira, Bragança, Marinha Grande, Milfontes, Paredes de Coura, São Martinho do Campo e Tondela.
Os prestadores de serviços de flexibilidade (PSF) terão disponíveis uma componente fixa – que representa a disponibilidade para prestar o serviço e é paga independentemente da prestação do serviço – e uma componente variável – paga caso seja necessário ativar o serviço de flexibilidade, podendo optar por oferecer uma das duas ou uma combinação de ambas.
“Posteriormente, a E-Redes seleciona as melhores ofertas consoante a necessidade, de acordo com o regulamento já publicado”, acrescenta a distribuidora.
Após o fim do leilão, a E-Redes prevê o estabelecimento de contratos com potenciais fornecedores de serviço, “que entrarão em vigor em janeiro de 2024 e terão uma duração de dois anos, período no qual será testada a operação da rede com recurso à flexibilidade”.
Em comunicado, a distribuidora do grupo EDP refere que este projeto-piloto “afere a disponibilidade dos utilizadores da rede elétrica de ajustar o seu consumo e ou produção para dar resposta às necessidades de operação de rede mediante um pagamento por parte da E-Redes.
“Com o início do mercado de flexibilidade, o operador de rede de distribuição, consegue utilizar a flexibilidade local enquanto solução para gerir restrições na rede e contribuir para a utilização de tecnologias de baixo carbono”, assinala a E-Redes.