Eleitos da CDU apelam à CIMBAL que lute por projetos vitais para a região
Com o aproximar das eleições legislativas, os eleitos da CDU na Assembleia Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL) realizada no dia 20 de dezembro, apresentaram uma proposta para que se “continue a lutar” pelo desenvolvimento da região.
Foto: Justino Engana
Em comunicado, os comunistas revelam que a proposta apresentada “teve os votos favoráveis dos eleitos da CDU e PSD, tendo sido chumbada pelos eleitos do PS”.
A mesma fonte frisa que a proposta se tratou de um apelo “a que esta estrutura representativa regional, “qualquer que seja a maioria que resulte das eleições e o governo que lhe corresponda, continue a lutar e a intervir para que a região se desenvolva e as suas infraestruturas correspondam às necessidades do presente e contribuam para assegurar um futuro melhor”.
“Perante a situação em que a região se encontra antes de mais um ato eleitoral para eleição de deputados para a Assembleia da República”, os eleitos da CDU deixam o “apelo de que é necessário passar das palavras aos atos e concretizar os projetos que são absolutamente vitais para o nosso distrito”.
Entre os projetos estruturantes, a CDU sublinha que “em 2023 continua a ser uma incógnita o futuro do aeroporto de Beja”, acrescentando que “continua à espera das acessibilidades para poder, ao menos, almejar servir de apoio aos aeroportos de Lisboa e de Faro” e que “o não aproveitamento desta infraestrutura aeroportuária, até no contexto de saturação de infraestruturas aeroportuárias vizinhas, acontece por manifesta falta de vontade política”.
Quanto à ferrovia, a CDU salienta que “em 2010, O Governo terminou com as ligações diretas entre Beja e Lisboa e o governo que lhe seguiu nada ter fez para retomar e requalificar essas ligações e ainda encerrou as ligações de Beja para sul. No Plano Ferroviário Nacional, de 2022, lá consta a electrificação da linha do Alentejo, mas apenas entre Casa Branca e Beja. Relativamente ao troço entre Beja e a Funcheira, ainda que admitida a sua reabertura, nada de electrificação. Sem essa eletrificação, a ligação a Beja continua condenada a ser um beco sem saída”.
No que toca à rodovia, “o que está previsto é requalificação da estrada nacional entre o final da A26 e Ferreira do Alentejo, mantendo ao abandono os troços em perfil de auto-estrada cujas obras pararam em 2012”, destacam os eleitos da CDU. Adiantam que “de Ferreira do Alentejo para Beja, parece que vai agora ser feito o projeto de execução, mas da requalificação da estrada nacional. É mais uma vez abandonada da possibilidade de um IP8 com perfil de autoestrada entre a A2 e Beja e a posterior continuação até à fronteira de Vila Verde de Ficalho”.
Relativamente a Alqueva afirmam que “o projeto que deveria ser de fins múltiplos tornou-se muito bom para, apenas, alguns e deixou esquecida toda uma região”.
Na saúde, “a construção de uma segunda fase do Hospital de Beja, já é hoje uma necessidade tão evidente e inegável, que tem vindo a engrossar o número daqueles que a reivindicam. Mas avanços, nada”.