Eleitos da CDU em Moura exigem fim do confinamento
Os eleitos da CDU, acompanhados de outros militantes e ativistas da CDU, marcaram presença, ontem de manhã, na Praça Sacadura Cabral, para assinalar os 47 anos da Revolução dos Cravos. Como previamente tinham anunciado, não se juntaram à comitiva oficial, em protesto pela presença de um membro do Governo responsável pelo confinamento do concelho.
Este protesto, segundo a CDU, prende-se com a exigência do fim do confinamento e com a adoção de medidas de apoio económico e vacinação para o concelho de Moura.
Para a CDU, não existe justificação para que o governo PS não tome, de imediato, as medidas já propostas, entre elas que coloquem desde já o concelho de Moura na terceira fase de desconfinamento, retomando as diversas atividades como está a ser feito em todo o País.
A coligação liderada pelos comunistas exige ainda que se reforcem as medidas de apoio de carácter económico e social a todos os que são prejudicados pelo confinamento, com destaque para empresários, trabalhadores e movimento associativo, e que se priorize o concelho de Moura como área prioritária para efeitos de vacinação, reforçando os meios ao serviço do Centro de Saúde de Moura e introduzindo procedimentos regulares de rastreio e de despiste de focos de infeção.
Os autarcas da CDU dizem-se surpreendidos pela presença adicional do Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda, e do vice-almirante Gouveia e Melo, responsável pela task force da vacinação, e afirmam que a presença de todos estes altos responsáveis pela gestão da pandemia, nesta altura, na cidade de Moura, assume foros de provocação a uma população objeto de um tratamento injusto por parte dos mesmos responsáveis.
Dizem ainda os eleitos da CDU que resta esperar que a presença destes responsáveis sirva para perceber o erro de confinar o concelho e não apenas um favor ao presidente da câmara que depois da indignação, não só se acomodou a esta presença como recebeu com evidente agrado os referidos governantes, num ato de vassalagem política que jurou recusar.