Ensino à distância avança com “muitas dúvidas"
1,2 milhões alunos do 1º ao 12º ano de escolaridade regressam, hoje, ao ensino à distância depois de uma pausa letiva de duas semanas. Esta pausa “forçada”, que não estava prevista no calendário escolar inicial, aconteceu devido ao agravamento da situação pandémica e a capacidade cada vez mais diminuta de resposta por parte dos hospitais.
Manuel
Nobre, presidente do SPZS-Sindicato dos Professores da Zona Sul, considera que o
ensino à distância começa com várias incertezas e questões por esclarecer e
acusa o ministério da Educação de não ter preparado esta situação apesar dos
vários apelos por parte dos docentes e das estruturas sindicais que os
representam.
O presidente do SPZS afirma mesmo que houve uma atitude de “bloqueio” às estruturas sindicais, por parte da tutela, a quem acusa de não ter acautelado, logo no início do ano letivo, com medidas de segurança e prevenção, o normal funcionamento das escolas.
Ainda segundo Manuel Nobre, o ensino à distância não é só dotar alunos e professores de computadores há muito trabalho a fazer e, na sua opinião, não foi feito. Como vão ser acompanhados os alunos com necessidades educativas especiais, ou aqueles que estão referenciados pelas CPCJ's são apenas algumas questões que Manuel Nobre gostava de ver esclarecidas, assim como, em relação aos alunos que estão a frequentar as "Escolas de Acolhimento" porque os pais são trabalhadores da "linha da frente."