Segundo adiantou hoje à agência Lusa o presidente da Câmara de Beja, Paulo Arsénio (PS), vai ser desenvolvido, no próximo ano, “um projeto de execução” para o equipamento, para que este possa “ser devolvido ao usufruto público, concretamente à prática desportiva”.

O eleito acrescentou que caberá à FPF financiar a obra, pelo que o requalificado recinto “será dedicado, sobretudo, à prática do futebol”.

 “Poderá ser uma academia de treino para as seleções distritais [de Beja] ou ser utilizado por equipas do concelho e para a prática livre do desporto, sempre que não esteja a ser utilizado pela Associação de Futebol de Beja (AFBeja)”, disse.

Para tal, o projeto a delinear, que terá de ser entregue à FPF até final do primeiro semestre de 2023, poderá contar, “eventualmente, com um campo de futebol de 11, alguns campos de futebol de nove, de sete e de cinco e, talvez, um campo de futebol de praia”.

“Depois poderá comportar outras componentes que só o projeto ditará”, até porque “pode ser executado faseadamente ao longo de vários anos, em função de financiamentos que se consigam obter” para ir realizando intervenções no espaço, explicou Paulo Arsénio.

Apesar das pretensões do município e da FPF, o presidente da Câmara de Beja reconheceu, “com muita objetividade”, que, em 2023, ainda “não haverá condições para haver obra”.

“Na melhor das hipóteses em 2024 ou, no limite, em 2025 arrancam as obras, que se estenderão pelo próximo mandato autárquico”, frisou.

Com 91 anos de história, o Estádio Dr. Flávio dos Santos é um dos símbolos do futebol no distrito de Beja.

A construção do recinto desportivo arrancou em 1926, pela ‘mão’ do extinto clube Luso Sporting Clube, de Beja, sendo inaugurado a 01 de fevereiro de 1931, então denominado Estádio Condessa D’Avillez.

O recinto acabou por ser totalmente reconstruído na década de 50 do século XX, surgindo, a 17 de abril de 1953, o Estádio Municipal de Beja Eng. José Frederico Ulrich, então ministro das Obras Públicas e Comunicações.

Mais tarde, após o 25 de Abril de 1974, o estádio foi ‘rebatizado pelo município como Estádio Municipal Dr. Flávio dos Santos.

Com o passar dos anos, e com o surgimento do Complexo Desportivo ‘B’ – agora Complexo Desportivo Fernando Mamede –, o Estádio Dr. Flávio dos Santos deixou de ser utilizado pelos clubes da cidade e para as principais provas da AFBeja, estando ao abandono há mais de uma década.

 

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Estas obras só pecam por tardias. Se não tivessem deixado cair o projecto de 2004, que por acaso foi parar a Évora, e neste momento parece que não tem qualquer aproveitamento, teríamos excelentes condições e provavelmente estas verbas poderiam ser aplicadas noutras modalidades

M. Santos

25/12/2022

É devida uma correção à notícia: o Estádio Flávio dos Santos (EFS) NÃO está ao abandono como referido na notícia. Desde 1 de agosto de 2013 que vigora um Contrato de Comodato entre o Município de Beja e a Associação dos Escoteiros de Portugal (AEP), contrato esse aprovado por unanimidade em Reunião de Câmara em 5 de junho do mesmo ano. No supra referido Contrato é entregue em regime de comodato à AEP os antigos balneários do estádio e parte do antigo Parque de Merendas da Piscina Municipal para as atividades correntes do Grupo 234 Beja da AEP. Dado o investimento necessário à altura para reabilitação do espaço, que então sim estava abandonado e em avançado estado de degradação, e que foi integralmente suportado pelo Grupo 234 Beja, o Contrato foi elaborado com a vigência de 20 anos, ou seja, até 2033. Ao longo destes 9 anos o EFS foi a casa dos cerca de 200 jovens que estão ou passaram pelo Grupo 234 Beja. Nela foram investidos tempo, dinheiro e, sobretudo, dedicação para transformar um espaço degradado e frequentado por toxicodependentes num espaço seguro para a prática do Escotismo pelos jovens de Beja. Os Escoteiros de Portugal (AEP) são uma associação educativa para jovens, sem fins lucrativos, reconhecida de utilidade pública. São os fundadores do Escotismo Português e a mais antiga organização juvenil portuguesa, representando em Portugal, o escotismo aberto a todos – independente, interconfessional e multiétnico. O Grupo 234 Beja é a unidade local da AEP. Estas e outras informações podem ser obtidas através da Chefia do Grupo pelo email [email protected]

Filipe Campêlo

23/12/2022

Ainda bem que vai haver obras, aquilo é degradante e quase abandonado, mas será o futebol o mais importante? Já existem campos que cheguem em Beja, e as outras modalidades?

Victor Rodrigues

22/12/2022

A informação da notícia está errada. As instalações do estádio não estão ao abandono, estão a ser usadas por várias associações nomeadamente o grupo de escoteiros para a realização de atividades.

Guilherme Matos

22/12/2022

Falta dizer que parte das instalações do estádio estão cedidas a várias colectividades da cidade que neste momento estarão a interrugar-se sobre o seu futuro.

Mário Dias

22/12/2022

Eu vivo em Beja e sou jogadora de Basket. E Beja só se interessa no desenvolvimento do futebol e não apoia as outras modalidades que existem na cidade. Tantos campos de futebol e nem um só para o Basket.... Todos deviam ter as mesmas oportunidades

Madalena

22/12/2022

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