“Dentro de poucas semanas teremos as propostas e poderemos apresentá-las, em reunião de câmara, para discussão e consensualização”, afirmou à agência Lusa o presidente do município, Carlos Pinto de Sá.

O autarca, eleito pela CDU, indicou que os serviços da autarquia estão agora a avaliar como poderão ser concretizadas as propostas de construção dos dois monumentos, nomeadamente em relação a custos e metodologia de trabalho.

“Queremos perceber qual a verba que poderemos despender para cada uma das propostas e também analisar a metodologia, ou seja, se vamos fazer um concurso de ideias ou convidar um escultor de renome” para a criação dos trabalhos, salientou.

A proposta para a construção de um monumento sobre o cante alentejano surgiu de uma recomendação apresentada pela bancada do PSD/CDS-PP na mais recente reunião da assembleia municipal, que foi aprovada foi unanimidade.

Contactado pela Lusa, o deputado municipal eleito pelo PSD Francisco Figueira lembrou que, no dia 27 de novembro deste ano, faz 10 anos que o cante alentejano foi classificado como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO.

“A nossa ideia é que o município de Évora, não só lembre essa efeméride, como edifique num local público um monumento que evoque o cante alentejano como forma de homenagem a esta manifestação cultural”, adiantou.

Esperando que a câmara municipal “acolha e concretize a recomendação”, o eleito social-democrata disse ter a perceção de que “é consensual entre todas as forças políticas a bondade desta proposta e a sua utilidade pública até”.

“A Assembleia Municipal de Évora evoca e saúda a passagem do 10.º aniversário da declaração do cante alentejano como Património Cultural Imaterial da Humanidade, saudando todos quantos, ao longo de gerações, o preservaram e hoje o mantêm vivo como manifestação cultural profunda do percurso histórico e da identidade do povo do Alentejo”, pode ler-se na recomendação.

Já o presidente do município considerou a recomendação do PSD/CDS-PP “como natural”, vincando que a autarquia participou na candidatura à UNESCO e tem desenvolvido iniciativas que visam valorizar esta manifestação cultural.

Quanto à construção de um monumento sobre a revolução do 25 de Abril de 1974, o presidente da Câmara de Évora explicou que a proposta nasceu durante as comemorações dos 50 anos do 25 de abril no concelho.

O cante alentejano, um canto coletivo sem recurso a instrumentos e que incorpora música e poesia, foi classificado como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) no dia 27 de novembro de 2014.

A candidatura do cante alentejano a Património da Humanidade foi promovida pela Câmara de Serpa/Casa do Cante, com o contributo da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, da Casa do Alentejo, em Lisboa, da Confraria do Cante Alentejano e da Moda - Associação do Cante Alentejano.

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