Exposição de arte antiga e contemporânea em Évora convida a reflexão sobre pobreza
A nova exposição do Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida (FEA), em Évora, que é inaugurada no dia 29, convida a uma reflexão sobre a pobreza e coloca em diálogo arte antiga e contemporânea.
Intitulada “Fenda”, a mostra apresenta 32 obras de pintura, desenho, escultura, vídeo e de outros suportes da autoria de vários artistas, as quais abarcam um período de cinco séculos de história.
Com curadoria de Joaquim Oliveira Caetano e Francisca Portugal, a exposição conta trabalhos de António Olaio, Carlos No, Daniel Blaufuks, Domingos António Sequeira e Gregório Francisco Queirós, Fábio Colaço, Guima e Horácio Frutuoso.
Isabel Cordovil, João Ferro Martins, Júlio Pomar, Leonel Marques Pereira, Luca Giordano, Manuel Filipe, Patrícia Almeida e David-Alexandre Guéniot, Pedro Barateiro, Pedro Nunes, Pieter Brueghel, Sara Graça, Vieira Portuense são os restantes artistas.
Assinalando que está a celebrar 60 anos de existência e de serviço à comunidade, a FEA realçou que a mostra “coloca em diálogo os eixos da sua missão, especialmente nos domínios social e cultural”.
“Fenda”, sublinhou, constitui-se como “um exercício de reflexão e pensamento sobre o presente, ao estabelecer relações e sentidos entre o tema da pobreza e a arte antiga e contemporânea”.
Segundo a organização, a exposição “pretende ser sobretudo uma mostra dedicada à criação contemporânea, quer pelo recenseamento de artistas em cuja obra as questões sociais tenham relevância, quer através de propostas ou desafios feitos a um conjunto de criadores a quem interessa abordar a temática da pobreza”.
Porém, destacou a FEA, “um conjunto de peças históricas e artisticamente relevantes da arte do passado cruza-se com as linguagens contemporâneas, dialogando com elas e mostrando o ‘lastro’ artístico e histórico da perceção da pobreza em vários contextos epocais”.
Para a realização desta exposição, a Fundação Eugénio de Almeida contou com a colaboração de vários museus e instituições locais e nacionais e de colecionadores privados.
Alguns dos artistas representados na mostra vão produzir obras expressamente para a exposição, incluindo intervenção ‘site specific’.
A exposição, que tem entrada livre, pode ser visitada, de terça-feira a domingo, até 01 de outubro.
O Centro de Arte e Cultura “é um espaço vocacionado para a promoção de ações artísticas e culturais” que aposta numa “programação multidisciplinar, formativa e inclusiva” através de exposições “com um foco especial na arte contemporânea”, explicou a fundação.