Na apresentação do programa de vales de eficiência energética, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, indicou que até 2025 haverá 100 mil vales para atribuir, no valor de 1.300 euros mais IVA.

Uma das intervenções que podem ser pagas com vales de eficiência energética é a instalação de painéis solares, uma área em que "Portugal se deixou atrasar ao ponto de produzir menos [eletricidade] a partir do solar do que a Bélgica ou Inglaterra".

"Temos que dar o salto e chegar aos 08 ou 09 gigawatts no final da década", defendeu, atribuindo 02 a 03 gigawatts dessa produção às habitações.

Matos Fernandes referiu que cerca de um terço do consumo de energia em Portugal acontece nos edifícios e apontou que "há muitas situações já antigas de pobreza energética".

O programa dos vales de eficiência energética destinou para este ano 20 mil vales, mas se essas candidaturas forem integralmente aprovadas, abrir-se-á outro aviso para mais 20 mil, referiu o governante.

O valor disponível para esta primeira leva de candidaturas ascende a 32 milhões de euros, 26 dos quais do Programa de Recuperação e Resiliência e seis milhões do Fundo Ambiental.

Os potenciais beneficiários (famílias carenciadas que pagam tarifa social de luz e são proprietárias) podem pedir vales através de uma plataforma específica no Fundo Ambiental e as obras serão feitas por uma de cerca de 70 empresas fornecedoras que estão numa lista ali disponibilizada.

Substituição de janelas, aplicação ou substituição de isolamentos térmicos, de portas, instalação de bombas de calor ou painéis fotovoltaicos estão entre o tipo de obras que poderão ser pagas com estes vales.

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