Em causa estão pagamentos relativos ao transporte de doentes desde janeiro de 2021 a dez corporações do litoral alentejano, oito dos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines (Setúbal) e duas no concelho de Odemira (Beja).

“Desde janeiro de 2021 que se vem a verificar que a ULSLA tem atrasado os pagamentos aos bombeiros quando a lei 42/2020 diz que as faturas devem ser pagas às associações a 45 dias”, disse à agência Lusa o presidente da federação distrital, João Ludovico.

O responsável acrescentou que o montante em dívida, referente a seis meses de faturação, “é de mais de meio milhão de euros” e “põe em causa a sustentabilidade das associações” do litoral alentejano, que “têm de assumir compromissos, como o pagamento de ordenados, combustível das viaturas e pagamentos ao Estado”.

Apesar desta situação se arrastar desde o início do ano, as corporações e a federação continuam “sem uma resposta por parte da ULSLA com uma data para a previsão do pagamento” em falta, indicou.

“A ULSLA transmitiu que, devido à situação da pandemia e ao acréscimo de contratação de pessoal, atingiu o orçamento e que está à espera de uma resposta da Secretaria de Estado para poder desbloquear mais verba para o orçamento”, adiantou.

No entanto, o presidente da federação distrital diz que “as corporações não podem continuar a tolerar mais esta situação” por se tratar de “um valor muito considerável de dívida às associações” que pode “pôr em causa, numa primeira fase, o transporte de doentes e, numa segunda fase, o socorro à população”.

Segundo João Ludovico, a federação já enviou “um pedido de colaboração à Secretaria de Estado da Administração Interna para que junto da Secretaria de Estado da Saúde consiga acelerar o processo e desbloquear a verba, mas precisamos de uma resposta rápida”, frisou.

A federação deu ainda um prazo, até quarta-feira, 14 de julho, para a “ULSLA dar uma resposta” às associações de bombeiros da região, caso contrário irá “tomar outro tipo de medidas”, concluiu.

A Lusa tentou obter uma reação da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, mas até ao momento não foi possível.

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