FENPROF quer travar a “municipalização” da educação
Amanhã começa um novo ano letivo com a apresentação dos professores nas respetivas escolas, dando assim inicio ao trabalho de organização que permitirá o regresso dos alunos às escolas entre os dias 14 e 17 de setembro.
A FENPROF recorda que “este início de atividade das
escolas tem lugar a poucos dias de se realizarem eleições das quais sairão
aqueles que governarão os municípios nos próximos quatro anos. Serão esses que,
a cumprir-se o Decreto-Lei n.º 56/2020, de 12 de agosto, até 31 de março de
2022 (ou seja, no ano letivo que vai começar), estarão envolvidos no designado
processo de transferência de competências também em Educação, na verdade um
processo de municipalização acordado entre PS e PSD que poderá pôr em causa o
caráter universal do direito à educação.”
Com o objetivo de levar “as preocupações dos
professores relativamente a um processo que, em nome de uma alegada
descentralização, esvazia de competências as escolas, enquanto o poder central
não abre mão das suas prerrogativas, a FENPROF assinalará o início do novo ano
escolar deslocando-se à sede da Associação Nacional de Municípios, em Coimbra,
onde uma delegação sindical entregará um documento contendo a sua posição.”
Depois da entrega do documento a FENPROF promove uma
conferência de imprensa para divulgar as iniciativas a realizar, no sentido de
travar e reverter o caminho da municipalização que do seu ponto de vista, é “um
erro que ainda pode ser evitado”