O evento, promovido pela Câmara de Évora e pela Fundação Inatel, vai para a 3.ª edição e tem produção executiva da Gindungo e direção artística de Carlos Seixas, divulgou o município.

Em comunicado, a autarquia revelou as datas da edição deste ano do festival, que pretende “manter-se com periodicidade anual”, e realçou que o património imaterial nas suas várias vertentes está de volta à cidade, “dentro e fora de muralhas”, escolhida como Capital Europeia da Cultura em 2027 (CEC2027).

A “programação completa e anúncio de todo o cartaz” deverão ser fechados “muito em breve”, apontou.

Para já, o município adiantou que o festival vai acolher “música e concertos, cinema, conversas e passeios pelo património”, com artistas provenientes de territórios como “Portugal, Marrocos, Geórgia, Mali, Burkina Faso, Índia, Irão, México, Burundi, Grécia, Curdistão e Letónia”.

Segundo a organização, o programa de concertos vai integrar, este ano, “uma apresentação da Letónia”, visto que a cidade letã de Liepaja vai partilhar com Évora o “selo” de CEC2027.

O festival “também conta com um painel de conversas e conferências que abordam temáticas em torno do conceito do Imaterial que leva a um processo de reflexão que conjuga o presente com o futuro”, acrescentaram os organizadores.

Ao longo dos nove dias do evento, que transforma Évora “num local de transmissão de saberes e culturas entre diferentes povos e gerações”, segundo a câmara municipal, as propostas culturais vão ser diversificadas, não faltando até um ciclo de cinema documental.

“Évora celebra, assim, a multiculturalidade e a sua relação com o ‘património pensado e vivido’, agora já à luz da confirmação da cidade como Capital Europeia da Cultura em 2027, procurando seguir o exemplo das tradições que celebra e tentando constituir-se uma referência na partilha de conhecimento”, frisou o município.

De acordo com a organização, além de ser possível ao público visitar e conhecer vários espaços da cidade, vai ainda ficar a conhecer-se no festival “a personalidade do prémio imaterial de 2023”.

“Num tempo em que muros, fronteiras e isolamentos tentam separar-nos do outro, o Imaterial é também um palco aberto para essa noção de que o outro é, afinal, cada um de nós nascido noutra circunstância”, argumentou o presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, citado no comunicado.

Já para a Fundação Inatel, esta parceria de organização faz todo o sentido: “As músicas locais fazem parte da História dos povos, definem-nos e identificam-nos, ajudam a contar as suas vidas e a fixá-las naquilo que têm de único”, sobrevivendo para as gerações seguintes, realçou o presidente desta fundação, Francisco Madelino.


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