Fotografias de José M. Rodrigues mostram destruição de património no Alentejo
“Natureza Morta” é o título da exposição, da autoria de José M. Rodrigues, que vai ser inaugurada, amanhã, em Évora, para sensibilizar para a destruição de património cultural no Alentejo. A exposição vai depois andar em itinerância pelo Alentejo.
A mostra, que vai poder ser visitada na
Galeria INATEL, até 10 de março, é promovida pela Direção Regional de Cultura
do Alentejo (DRCAlentejo) e reúne fotografias captadas, em 2020 e 2021, por José
M. Rodrigues, distinguido com o Prémio Pessoa em 1999.
Segundo a direção regional, o fotógrafo foi convidado para, “através do seu olhar”, documentar “a profunda alteração da paisagem e a destruição sistemática de património cultural” na região.
Em todo o Alentejo, contam-se, atualmente, “largas dezenas de monumentos e sítios patrimoniais e culturais destruídos”, como “povoados pré-históricos, monumentos megalíticos, sobretudo antas, pontes e ‘villas’ romanas, entre outras tipologias”.
“Trata-se de uma situação que a todos respeita e em que o interesse geral e público plasmado na Constituição da República Portuguesa e na Lei do Património Cultural reclama um trabalho de chamada de atenção e de sensibilização para esta perda de valores culturais e patrimoniais na nossa região”, destacou a entidade promotora.
A DRCAlentejo explicou que organiza esta iniciativa para sensibilizar “para a urgência da defesa dos valores patrimoniais” alentejanos, “através do trabalho de um dos maiores fotógrafos portugueses”.
“O resultado é um conjunto de trabalhos fotográficos de grande qualidade artística e estética, mas também de grande dureza, que nos interpela, sem lugar para a indiferença”, destacou.
Financiada pelo programa INTERREG/Projeto Magalhães_ICC, a iniciativa é apoiada pela Fundação INATEL e pela Câmara de Évora.
Está também previsto que, após o encerramento em Évora, a mostra tenha uma itinerância no Alentejo e em Lisboa, ainda sem datas divulgadas.