“Gestão Privada” dos CTT leva a empresa a não cumprir “padrões de qualidade”- (SNTCT)
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações (SNTCT) dinamizou, esta tarde, em Beja, uma ação de contacto e denúncia junto dos trabalhadores e das populações, assim como, dos representantes autárquicos. Até meados de setembro, esta ação, que surge contra a gestão privada dos CTT, vai percorrer todas as capitais de distrito e regiões autónomas.
Os promotores da iniciativa consideram que “há que dar
a volta nos CTT Correios e parar a destruição do que deles resta do bom que
foram pelo excelente serviço que prestavam/prestaram e do seu capital mais
importante, os seus trabalhadores e as suas trabalhadoras.”
Para o SNTCT a “gestão privada dos CTT tem que repor a prestação de um Serviço Publico Postal de qualidade, vergonhosamente degradado no pós e no após privatização” e “apesar de o primeiro-ministro e o Governo terem recusado a Renacionalização dos CTT, desautorizado a ANACOM e terem dado, de mão-beijada, aos acionistas dos CTT, um Contrato de Prestação do Serviço Postal Universal leonino para os últimos, o decréscimo na qualidade do serviço prestado está à vista de todos os Portugueses e as sucessivas multas da ANACOM por incumprimento dos padrões mínimos de qualidade são disso a prova”. José Oliveira, dirigente do SNTCT, dá voz ao protesto.
De acordo com as contas apresentadas pelo sindicato “faltam neste momento, no plano nacional, mais de 750 Carteiros e 250 Técnicos nos balcões” levando a “giros dobrados há meses, balcões vazios há outros tantos e trabalhadores esgotados e a quem ainda tentam restringir o gozo de férias com a família” uma situação que “tem que ter um fim”.
O SNTCT exige “melhores condições de trabalho para todos os trabalhadores CTT e em especial para os que dão diariamente a cara pela Empresa na Distribuição e no Atendimento e que, também diariamente, passam a vergonha de se verem obrigados a prestar um mau serviço, a mando de uma má gestão, com a agravante de estarem sujeitos à “Lei da Rolha” e não poderem dizer, por exemplo, que o correio que estão a distribuir com atraso (por vezes de semanas) teria sido distribuídos a tempo e horas se não tivessem visto os seus giros acrescentados por extinção de outros e se cada giro tivesse um Carteiro titular”
Para o sindicato é ainda fundamental que os CTT acabem com o “assédio moral com que vem tentando menorizar Trabalhadores com carreiras longas para os levar a saírem da Empresa (despedindo-se ou aposentando-se antecipadamente)”