No encerramento de um colóquio na feira agropecuária Ovibeja, em Beja, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, disse que “o Governo conseguiu desbloquear as verbas necessárias para a concretização” das quatro obras “muito importantes, apesar da subida dos custos de construção e da instabilidade internacional”.

Trata-se dos blocos de rega de Póvoa/Amareleja, que “será concretizado sem redução da área inicialmente prevista”, Vidigueira, Reguengos e Messejana, sendo que este incluirá a ligação à albufeira do Monte da Rocha.

“Para assegurar a conclusão destas quatro obras, o Ministério da Agricultura e Alimentação abrirá, em breve, um aviso de 50 milhões de euros para que sejam executados na totalidade”, no âmbito do Programa Nacional de Regadios (PDR).

Em declarações aos jornalistas após o colóquio, a ministra explicou que, devido ao “aumento dos custos associados à construção, seria necessário “diminuir uma área que estava prevista em relação a alguns dos blocos da expansão de Alqueva”.

No entanto, explicou, o Governo, através do Programa de Desenvolvimento Rural, conseguiu “aumentar a dotação disponível para concluir este investimento com a área que estava prevista inicialmente”.

O Governo vai “abrir em maio este aviso” para ser possível “financiar na íntegra” as obras e concretizar “a área prevista”, adiantou.

“Queremos assim dar as condições para assegurar a vitalidade das zonas rurais, em íntima ligação com outras atividades, promovendo uma gestão ativa do território” e "contribuir para a melhoria da qualidade dos solos, assegurando a viabilidade da agricultura familiar”, frisou, no encerramento do colóquio.

Segundo a ministra, “o desenvolvimento do Alqueva é o exemplo mais claro dos benefícios deste significativo investimento público”.

Em declarações às Lusa, o presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), José Pedro Salema, considerou o anúncio da ministra “uma boa notícia”, porque vai permitir “resolver um problema” que surgiu há dois anos, “em particular, nos últimos meses”, com o aumento dos custos de construção.

O responsável precisou que as quatro obras implicam um investimento total de 177 milhões de euros e que a EDIA, através do PNR, já tinha assegurado 127 milhões, aos quais se juntam agora os 50 milhões.

 

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