Foto: SOMINCOR

O STIM recebeu na segunda-feira, às 18:15, uma comunicação do Ministério do Trabalho a marcar uma reunião para sexta-feira, indicou a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas.

O STIM disse que decidiu suspender a paralisação “na expectativa de que a administração evolua nas suas posições”, referindo-se à administração da Somincor, empresa concessionária da mina de Neves-Corvo.

“Os resultados da reunião serão transmitidos num plenário, a agendar oportunamente”, acrescentou o sindicato.

A paralisação tinha sido aprovada pelos trabalhadores em plenários, realizados em 07 e 08 de maio, em virtude das propostas apresentadas pela Somincor às reivindicações dos trabalhadores “não satisfazerem as suas necessidades”.

Em 24 de maio, o coordenado do STIM, Albino Pereira, disse à Lusa que os valores apresentados “foram insignificantes e não atingem de maneira nenhuma as necessidades dos trabalhadores”.

Em causa está o caderno reivindicativo apresentado pelo STIM à Somincor, no final de 2023, e que acabou por motivar uma primeira greve já este ano, realizada entre os dias 26 e 28 de março.

Na altura, o sindicato fez um balanço positivo da paralisação, ao passo que a concessionária indicou que a adesão à greve não ultrapassou os 9% nos dois dias.

Tal como na greve de março, as exigências dos trabalhadores voltam a incidir na necessidade de “progressões na carreira e aumentos de salários justos de 150 euros por trabalhador”.

São igualmente pedidos aumentos em vários subsídios e a renegociação do seguro de saúde.

Propriedade da multinacional sueco-canadiana Lundin Mining, a Somincor é a concessionária da mina de Neves-Corvo, que produz, sobretudo, concentrados de cobre e de zinco, assim como prata e chumbo, e onde trabalham cerca de duas mil pessoas.

No ano passado foram produzidas em Neves-Corvo um total de 108.812 toneladas de zinco e 33.823 toneladas de cobre, de acordo com o relatório de produção de 2023 e perspetivas para o triénio 2024-2026 divulgado pela Lundin Mining.

Além de Neves-Corvo, a multinacional sediada em Toronto (Canadá) é ainda detentora das minas de Candelaria e Caserones (ambas no Chile), Chapada (Brasil), Josemaria (Argentina), Eagle (Estados Unidos) e Zinkgruvan (Suécia).

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