Em comunicado enviado à agência Lusa, este grupo de capitais exclusivamente portugueses, que já era concessionário do terminal, revelou que vai manter a gestão, ao ter vencido o concurso público internacional para a concessão por mais 20 anos, e que assinou o contrato.

O Terminal “Multipurpose” (ou multiúsos) do Porto de Sines (TMS) é estratégico para aquela região e para o sistema portuário nacional e “tem sido uma alavanca para o progresso económico”, realçou o grupo do setor marítimo portuário.

Estes fatores mantêm-se “como prioridade com a nova concessão” e tornam “ainda mais evidente a importância de investimento direto português no desenvolvimento das infraestruturas portuárias”, acrescentou.

O terminal multiúsos vai ser equipado “com novas valências, nomeadamente capacidade de armazenagem e novos equipamentos, reforçando aquele que será o seu contributo para o desenvolvimento do concelho sineense, para o alargamento do seu ‘hinterland’ e da indústria nacional”, o que permitirá “continuar a posicionar o TMS como um ‘hub’ logístico de exportação e importação”, garantiu o Grupo ETE.

“No que respeita ao tipo de carga operada em terminal, poderemos assistir à movimentação de carga geral diversificada, carga de projeto, graneis sólidos e, eventualmente, carga contentorizada”, disse.

O grupo concessionário destacou que o TMS é o único terminal multiúsos de águas profundas a nível nacional, com fundos até 18 metros, o que possibilita a receção de navios até 190 mil toneladas Dwt (Deadweight tonnage).

Ocupando uma área de 40 hectares, o TMS dispõe de quatro cais de atracação equipados com gruas móveis e de pórtico, bandas transportadoras e rampa RoRo e capacidade de parqueamento.

“Tem acessibilidades diretas às redes nacionais rodoviárias e ferroviárias, bem como uma localização que reforça a importância geoestratégica no contexto das rotas europeias e internacionais do comércio marítimo”, referiu o concessionário.

A proximidade ao aeroporto de Beja “fortalece também toda a região enquanto plataforma logística”, enquanto “a ligação à rede ferroviária nacional reforça o ‘hinterland’ do porto e potencia a intermodalidade no transporte de mercadorias”, afirmou.

“Com a nova concessão em Sines e face à sua experiência e ‘know-how’ no setor marítimo-portuário e logístico, o Grupo ETE dá mais um passo na sua estratégia de logística integrada”, o que é “fundamental para responder às necessidades da cadeia de abastecimento global” e para “o desenvolvimento dos sistemas portuários e da economia nacional”, pode ler-se no comunicado.

Fundado em 1936, o Grupo ETE emprega mais de 1.200 colaboradores e gera um volume de negócios anual superior a 200 milhões de euros, estando presente com operações próprias, além de Portugal, em outros cinco países (Colômbia, Uruguai, Cabo Verde, Moçambique e Bélgica), além de operar em parcerias no Gana e no Japão.


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