Foto: Justino Engana

Questionada pela agência Lusa, após o anúncio, a responsável pela Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlen) disse sentir “muita alegria” e classificou este como “um dia muito importante” para a região, não apenas para Évora.

“Esta candidatura baseia-se na identidade alentejana, principalmente dando um grande contributo através da nossa identidade e cultura do Alentejo para a Europa”, argumentou.

E, apesar de a candidatura ter sido “toda feita em torno da identidade da região”, não o foi numa perspetiva “passadista ou congelada”.

Para Ana Paula Amendoeira, o que esteve sempre presente foi “uma perspetiva de contributo para uma outra forma de vida e uma outra abordagem da vida, de desaceleração, de um outro tempo, de construção de um futuro mais amigo do ambiente, mais inclusivo e mais sustentável”.

“Tudo isso, aquele conceito de ‘vagar’, transmitiu ao júri, que percebeu, sentiu e aprovou” a candidatura, congratulou-se.

Por isso, este “é um dia muito importante para o Alentejo todo, para a autoestima dos alentejanos todos, tal como foi a inscrição do cante” alentejano como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), comparou.

“É um reconhecimento de uma forma, de uma abordagem da simplicidade forte da identidade do Alentejo. Estamos muito contentes”, disse.

E o facto de Évora ser Capital Europeia da Cultura em 2027 vai também constituir “uma oportunidade”, porque “há uma proposta de futuro”, que está na base da candidatura, ao invés de uma “perspetiva “passadista”, insistiu.

“Antes pelo contrário, é valorizar aquilo que é a riqueza da nossa identidade para construir o futuro com aquilo que é a sabedoria da identidade do Alentejo” e, por isso, sendo uma oportunidade, agora, “é preciso trabalhar muito e aproveitá-la”, argumentou.

Évora será Capital Europeia da Cultura em 2027, juntamente com Liepaja, na Letónia, foi hoje anunciado, numa conferência de imprensa em Lisboa, no Centro Cultural de Belém (CCB).

Évora foi escolhida de um lote de quatro finalistas, do qual também faziam parte Aveiro, Braga e Ponta Delgada. O anúncio foi feito pela presidente do júri internacional, Beatriz Garcia.

Évora terá uma dotação financeira de 29 milhões de euros oriundos de fundos nacionais e europeus, como foi revelado em outubro pelo ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva.

Tendo como mote a palavra “vagar”, a candidatura é liderada pela Câmara de Évora, com a comissão executiva a integrar outras entidades e organismos, como a DRCAlen, Universidade de Évora, Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central e Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo.

A Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, a Fundação Eugénio de Almeida e a Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo são os outros parceiros.


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