Incêndios: Fase crítica em Beja com 321 operacionais, 88 veículos e quatro meios aéreos
O dispositivo de combate a incêndios para este ano no distrito de Beja vai mobilizar, na fase crítica, entre julho e setembro, até 321 operacionais, apoiados por 88 veículos e quatro meios aéreos, foi hoje divulgado.
Contactado pela agência Lusa, o 2.º comandante Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Baixo Alentejo, José Ricardo Horta, indicou que o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) 2024 para esta região alentejana “não sofreu grandes alterações relativamente ao ano de 2023”.
“O dispositivo foi preparado e treinado de forma a poder dar a melhor resposta às necessidades que surjam, tanto a nível interno, como no reforço a ocorrências externas à sub-região do Baixo Alentejo”, afiançou.
Com um número crescente de meios ao longo dos diversos níveis de empenhamento operacional, o DECIR no Baixo Alentejo conta, nesta primeira fase, iniciada no passado dia 15 e que termina no final deste mês, com 282 operacionais, distribuídos por 40 equipas, com o apoio de 76 veículos.
Na fase seguinte, entre 01 de junho e 30 de junho, o dispositivo vai já mobilizar 308 operacionais (em 48 equipas), apoiados por 85 veículos, indicou o 2.º comandante sub-regional.
No período mais crítico de combate aos incêndios rurais, que engloba os meses de julho, agosto e setembro, o dispositivo é mais ‘musculado’, chegando aos 321 operacionais (com 58 equipas), apoiados por 88 veículos.
Os meios vão diminuir na primeira quinzena de outubro, como é habitual, com o Baixo Alentejo a contar com 307 operacionais, distribuídos por 50 equipas, com o reforço de 86 veículos.
Segundo José Ricardo Horta, a região vai contar com quatro meios aéreos, nomeadamente com “dois helicóptero bombardeiros ligeiros”, um sediado no Centro de Meios Aéreos (CMA) de Moura e o outro no de Ourique.
Os outros dois meios aéreos são “uma parelha de aviões bombardeiros médios, no CMA de Beja”, que funciona na Base Aérea n.º 11, nas imediações da capital de distrito, disse.
O DECIR é constituído pelos 13 corpos de bombeiros voluntários (CBV) do Baixo Alentejo, assim como pela Força Especial de Proteção Civil, GNR, PSP, equipas de sapadores florestais do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), AFOCELCA e serviços municipais de Proteção Civil.
O 2.º comandante Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Baixo Alentejo destacou ainda a importância das ações de treino operacional enquadradas no DECIR.
Para o próximo dia 27, indicou José Ricardo Horta, está agendado um exercício que vai representar o culminar de todas as ações de treino operacional de aprontamento do dispositivo.
O exercício, intitulado DECIRBALE’24, vai juntar “cerca de 100 operacionais, essencialmente dos corpos de bombeiros voluntários” do distrito “e ainda várias outras forças Intervenientes”, concluiu.