Incêndios: Fogo de Odemira em fase de resolução - Proteção Civil
O incêndio rural que deflagrou no sábado em Odemira, Beja, encontra-se em fase de resolução, de acordo com o ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
A ANEPC indica que hoje de manhã se mantêm no local 1.114 operacionais, apoiados por 367 veículos e 16 meios aéreos.
Segundo o mais recente balanço, feito ao início da noite de terça-feira, o fogo rural – que teve início na freguesia de São Teotónio, naquele concelho alentejano, e chegou aos municípios algarvios de Aljezur e Monchique - atingiu 10 mil hectares.
Era precisamente a frente ativa no cruzamento dos três concelhos que gerava então mais preocupação às autoridades, devido à orientação do vento e à orografia da zona. Havia ainda uma outra frente, mais a norte.
Uma das maiores preocupações das autoridades foi evitar que o incêndio entrasse na serra de Monchique, fortemente atingida por outros fogos em anos anteriores, sobretudo em 2018.
No total, o dispositivo estava a cobrir um perímetro de fogo de 50 quilómetros e até às 19:30 a GNR tinha já deslocado de forma preventiva 1.459 pessoas, muitas das quais levadas para os pontos de acolhimento definidos.
Na conferência de imprensa feita a essa hora, o comandante regional de Emergência e Proteção Civil do Algarve, Vitor Vaz Pinto, referiu que, no total, 36 pessoas, na maioria agentes de proteção civil, receberam assistência do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) no terreno.
Outras oito pessoas – cinco bombeiros e três civis – chegaram a receber atendimento hospitalar, sem configurar situações de gravidade.
Pelo menos 20 povoações e um parque de campismo (entretanto reaberto, sem danos) foram evacuados nestes dias.
O comandante indicou no ‘briefing’ de terça-feira não ter indicação de casas destruídas pelas chamas.
Contudo, segundo informação dada à tarde pelo município de Aljezur, pelo menos uma habitação ardeu, além de pequenos anexos e outros edificados, e em Odemira a proprietária de um turismo rural disse à Lusa que a estrutura principal do alojamento ficou destruída.