A cerimónia de entrega do prémio a João Carlos Costa da Cruz e de lançamento da obra vencedora vai decorrer na Biblioteca Municipal de Beja – José Saramago, em outubro deste ano, indicou a ASSESTA - Associação de Escritores do Alentejo, em comunicado.

Com periodicidade bienal, o galardão foi instituído, em 2017, pela ASSESTA, em parceria com a Direção Regional de Cultura do Alentejo, mas, com a extinção deste organismo (em dezembro passado), o novo parceiro passa a ser a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo.

Esta edição do galardão, que também é apoiado pela Câmara de Beja, voltou a ser “pautada pela qualidade dos originais a concurso”, afiançou a associação.

Mas a obra vencedora, de acordo com o parecer do júri, “é um texto muito consistente do ponto de vista do estilo e do desenrolar da narrativa”, frisou.

“Tendo como tema central a memória - o que recordamos, como recordamos e porquê -, foge ao ‘cliché’ do Alentejo romântico, explorando com mestria uma visão singular da identidade humana”, pode ler-se no comunicado.

O título da obra “acompanha a qualidade do texto: é forte, sugestivo e adequado à trama explorada”, assinalou igualmente a ASSESTA.

António Canteiro, pseudónimo de João Carlos Costa da Cruz, nasceu em S. Caetano, no concelho de Cantanhede, no distrito de Coimbra, em 1964. Vive em Febres, também no concelho de Cantanhede.

“Frequentou o Conservatório de Música de Coimbra e colabora com vários jornais e revistas locais”, disse a ASSESTA, indicando ainda que é técnico superior de Reinserção na Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, em Aveiro.

Na poesia e no romance, conta com 12 obras publicadas, tendo recebido já várias distinções, como os prémios Alves Redol (2009 e 2015), Nacional de Poesia Sebastião da Gama (2013), de Poesia de Bocage (2015 e 2018), Bento da Cruz (2018), de Poesia António Cabral (2019), Literário Ferreira de Castro (2020) e de Poesia Fausto Guedes Teixeira (2022), entre diversas menções honrosas.