O pedido de licenciamento do projeto de arquitetura para reabilitação do convento de Nossa Senhora da Piedade, em Messejana, já deu entrada na Câmara de Aljustrel e as obras poderão “começar em finais de 2022”, revelou à agência Lusa o promotor do investimento.

Segundo Ricardo Pinho, que já é proprietário de duas pequenas unidades de turismo rural no litoral alentejano, o projeto prevê a criação de “um pequeno hotel de charme, com apenas 10 quartos”, sete no convento e mais três no Monte da Horta do Cabo, também na freguesia de Messejana.

“Vai ser um projeto emblemático, pois, vamos consolidar a ruína, mas não reconstruir tudo a 100%. Vamos sim integrar os quartos e as áreas comuns dentro da própria ruína, o que vai ser inovador, em Portugal não há nada deste género”, acrescentou.

O promotor revelou ainda que “a ideia” do projeto é “recuperar” um “património histórico superbonito e superprático”, que será “de luxo” em termos “de espaço e de alma”.

Depois de aprovado o projeto de arquitetura, a futura unidade será candidatada a fundos comunitários e deverá criar “até cinco” novos postos de trabalhos quando entrar em funcionamento, apontou Ricardo Pinho.

Para o presidente da Câmara de Aljustrel, este é um projeto que “tem dois grandes aspetos positivos” para o concelho, a começar pela “recuperação de um património que remonta ao século XVI”.

“A par disso, representa economia e potencia turisticamente a freguesia de Messejana”, disse à Lusa o socialista Nelson Brito, adiantando que o projeto tem sido trabalhado “em conjunto” entre a autarquia, o promotor e a Direção Regional de Cultura do Alentejo desde “há cerca de dois anos”.

Em comunicado, a Câmara de Aljustrel revelou que, após a aprovação do licenciamento do projeto de arquitetura, “mas antes do início do projeto de execução”, está prevista a realização de uma campanha arqueológica no convento, ligado historicamente à Ordem de São Francisco.

“Posteriormente, antes do início da obra e, se necessário no decurso da mesma, será realizada uma segunda campanha arqueológica” nos locais “que venham a ser considerados oportunos” e “previamente identificados por uma equipa técnica especializada”, acrescentou a autarquia alentejana.

 

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