“Os Censos 2021 evidenciam um crescimento acentuado da população migrante no distrito de Beja, nos últimos anos atraídas, maioritariamente, pela necessidade de mão-de-obra das explorações agrícolas. O seu profundo impacto nas dinâmicas locais tem, contudo, gerado um conjunto de novas problemáticas a que se torna necessário dar resposta”, descreve a Cáritas Diocesana de Beja, em comunicado. 

“Se é verdade que a população migrante representa para o território um impacto positivo em termos económicos e demográficos num distrito maioritariamente envelhecido e de baixa densidade, não é menos verdade que esta continua a ser das populações mais vulneráveis, afetadas pela pobreza, a exclusão social e alvo de discriminações de base racial e étnica, colocando as organizações sociais e de gestão política de base local a necessidade de ter que trabalhar de forma articulada para responder aos desafios colocados ao nível do atendimento, capacitação, integração das comunidades migrantes”, refere ainda. 

É sobre esta temática que a Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes, através da oradora Daniela Ramalho, irá debater, com o objetivo de “ sensibilizar a comunidade estudantil sobre esta realidade, para que todos possamos ter uma atitude pedagógica e inclusiva, contribuindo para um Alentejo Inclusivo no eficaz combate à pobreza e exclusão social”. 

A Aula Aberta sobre a  “Comunidade Migrante e a sua Relação com a pobreza, a exclusão e a vulnerabilidade social” tem lugar, esta tarde, às 16h00, na Sala 3 da ESTIG.