Líder do PSD de Beja quer partido com “maior peso político” na região
O reeleito presidente da Distrital de Beja do PSD, Gonçalo Valente, definiu como grande prioridade para o novo mandato criar as condições necessárias para o partido ter, a partir de 2025, “um maior peso político na região”.
“Há muito por trilhar neste distrito” e “a minha maior prioridade para este mandato é unir pessoas e ideais, no sentido de conseguirmos criar condições para um maior peso político na região já a partir de 2025”, disse hoje Gonçalo Valente à agência Lusa.
Gonçalo Valente foi reeleito presidente da Distrital de Beja no passado sábado, liderando a única lista candidata, que obteve 96% dos votos dos militantes.
Empresário ligado às áreas agrícola e imobiliária, Gonçalo Valente tem 41 anos e é bacharel em engenharia topográfica e licenciado em agronomia, com pós-graduação em higiene e segurança no trabalho.
É também vereador, sem pelouro, na Câmara de Ourique (Beja), município de onde é natural.
O reeleito líder dos sociais-democratas de Beja quer agora “dar continuidade ao trabalho” desenvolvido pela sua equipa desde 2019 e “disputar eleições para ganhar”.
Para tal, disse, a sua estratégia “passa muito pelo profundo conhecimento das necessidades do território”, para dotar o partido “dos meios mais adequados para fazer face aos problemas e desafios que existem atualmente no distrito”.
“Da mesma forma que acredito mais na sociologia de campo do que na narrativa de secretária, também considero que, para podermos ajudar as pessoas, temos que estar próximos dela”, reforçou.
Desde 2013 que o PSD não lidera uma câmara municipal no distrito de Beja, mas Gonçalo Valente tem “a certeza” de que esta realidade pode ser invertida já nas eleições autárquicas de 2025.
“Tenho essa certeza e também sinto que a região tem essa necessidade. E, pelo que vou diagnosticando, as pessoas, têm agora, mais do que nunca, a consciência dessa carência”, frisou.
Questionado pela Lusa sobre o estado atual da região, o presidente do PSD de Beja revelou que a sua “maior preocupação” é “a descriminação territorial” do Baixo Alentejo e o “esquecimento” a que é “constantemente votado pelo poder central”.
“O êxodo rural, que tem como consequência mais direta o envelhecimento da população e o desinvestimento na região são, em termos práticos, as minhas maiores preocupações”, concluiu.