Mais de 3500 professores "escreveram" ao ministro da Educação
A FENPROF entregou, na última sexta-feira, mais de 3500 cartas de professores do 1.º ciclo, no ministério da Educação.
Redução do número de alunos por turma, redução para 22 horas da duração semanal da componente letiva, respeito pelos horários de trabalho e reconhecimento do intervalo como uma pausa que integra a componente letiva, integração de todo o trabalho desenvolvido com alunos na componente letiva, desenvolvimento das atividades de ocupação de tempos livres exclusivamente em horário pós-letivo e alteração do atual modelo de Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) são algumas das reivindicações que constam nas cartas que foram entregues.
Os docentes pedem ainda a aprovação, de um regime de aposentação que considere o elevado desgaste físico e psíquico provocado pelo exercício continuado da profissão, dispensa total da componente letiva, por um ano, aos 20, 25 e 30 anos de serviço, sendo vedada a atribuição de qualquer atividade direta com os alunos, instituição de regras claras e objetivas quanto à distribuição dos docentes pelas escolas que integram cada agrupamento e criação de bolsa de docentes para substituições em caso de ausências de curta duração, assim como, a eliminação de tarefas burocráticas e administrativas que ocupam boa parte da atividade docente, obrigatoriedade da inclusão de, pelo menos, um docente na direção dos agrupamentos e exigência de um modelo de gestão democrático, dispensa da componente letiva para a realização de ações de formação contínua obrigatória e o fim do processo de municipalização.
Para os docentes “estas exigências não podem deixar de ser consideradas e devem ser motivo para a abertura urgente de um amplo debate sobre a reorganização deste nível de ensino e a necessária negociação sobre alguns aspetos das condições de trabalho neste setor."