Mais de 50 serviços de Finanças encerrados devido a reunião geral de trabalhadores - Sindicato
Mais de meia centena de serviços de Finanças de todo o país estavam encerrados ao início da manhã devido à reunião geral de trabalhadores da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI).
Convocada pelo STI, a reunião geral de trabalhadores de todas as unidades orgânicas da AT, na qual estão inscritos cerca de 3.000 funcionários do fisco, decorre entre as 09:00 e as 13:00, pelo que, alerta o sindicato, “é provável que muitos mais serviços de Finanças estejam encerrados até ao final da reunião”.
O encontro precede a greve dos trabalhadores da AT agendada para quinta e sexta-feira e a manifestação marcada para as 13:00 de quinta-feira no Largo do Carmo, em Lisboa.
Os trabalhadores do fisco exigem a valorização da carreira, melhores condições de trabalho e a revisão da tabela salarial.
Segundo a informação recolhida pelo STI até às 09:15 de hoje, estavam encerrados os serviços de Finanças de Lisboa 1 e 4, Leiria 1, Peniche, Figueiró dos Vinhos, Marco de Canaveses, Vila do Conde, Castanheira de Pera, Espinho, Ílhavo, Óbidos, Sever do Vouga, Anadia, Moita, Cantanhede, Aljezur, Beja e Castro Verde, Serpa, Marinha Grande, Covilhã, Santo Tirso, Cinfães e Seixal 1.
Ainda fechados estavam as Finanças de Terras de Bouro, Castro Daire, Almodóvar, Mafra, Monforte, Castelo de Paiva, Alvito, Mondim de Basto, Loures 1, Barreiro, Barcelos, Mora, Aveiro-1, Alijó, Albufeira, Aljezur, Lagoa, Loulé 1, Alvaiázere, Sertã, Marinha Grande, Paredes, Moita, Guimarães, Mangualde, Tomar, Alcobaça, Leiria, Chaves e Golegã.
Na segunda-feira o STI tinha já alertado para o eventual encerramento de serviços de Finanças por todo o país e potenciais constrangimentos no atendimento nos portos e aeroportos durante toda manhã.
Em declarações à agência Lusa no passado dia 15 de outubro – data em que foi marcada a greve de dois dias desta semana – o presidente do STI referiu que “o principal motivo de descontentamento é que o Governo considera todas as carreiras do Estado muito importantes, mas a AT, que tem de arranjar recursos para que as outras carreiras possam funcionar, considera que é irrelevante”.
De acordo com Gonçalo Rodrigues, outra das reivindicações dos funcionários do fisco é a revisão da tabela salarial, que o sindicato diz ser “pior do que aquela que tinham em 1999”.
"Para resumir, a AT bateu no fundo”, afirmou então o dirigente sindical, avisando que a greve de quinta e sexta-feira será “apenas a primeira” de várias, se entretanto nada mudar.
O STI diz ser a estrutura sindical mais representativa do setor, "com mais de 70% dos trabalhadores de toda a AT nela sindicalizados".