Moura: CDU vota contra as contas de 2023
Os vereadores da CDU votaram contra as contas de 2023 e aprovaram uma alteração ao Orçamento de 2024 que possibilita, de imediato, investimento nos equipamentos desportivos do concelho. Os eleitos do PS falam em "memórias curta" da CDU e a concelhia do PS diz que a oposição "bateu no fundo".
Em nota de imprensa, é afirmado que “perante a
degradação das contas no ano de 2023 e procurando garantir investimento nos
equipamentos desportivos do concelho” os vereadores da CDU votaram contra a
Prestação de Contas e Relatório de Gestão do ano de 2023 e aprovaram integração
do Saldo de Gerência no Orçamento de 2024.
De acordo com os vereadores da CDU “apesar da retórica do Presidente da Câmara, é mais do que óbvia a degradação das contas da Câmara Municipal de Moura durante o ano de 2023.”
A afirmação é sustentada daquilo que a CDU diz ser a “degradação que decorre de uma mera gestão do dia-a-dia, sem qualquer estratégia que promova o investimento necessário e que garanta o futuro do concelho de Moura” e apresenta como exemplo “o défice de cerca de 500 mil Euros que decorreu do processo de transferência de encargos no sector da educação e da gestão política desinteressada da empreitada de reabilitação da Escola dos Bombeiros que se traduziu numa taxa de financiamento de pouco mais de 50%.”
A CDU que afirma ter uma “postura responsável” que defende o interesse da população considera que o PS tem na Câmara de Moura, uma gestão “sem rumo e sem qualquer estratégia consolidada para o concelho”.
Perante a afirmação de “degradação das contas”, os eleitos do PS na Câmara, em comunicado, falam em “memórias curta” porque os eleitos da CDU “esqueceram os tempos em que - quando governavam na Câmara Municipal de Moura- não pagavam às Juntas de Freguesia, tendo transitado para o executivo do Partido Socialista uma dívida de 150.000,00€. Esqueceram igualmente os tempos em que não pagavam a fornecedores, motivando a interposição de ações em Tribunal contra a Câmara Municipal de Moura. Esqueceram ainda os tempos em que pagavam faturas em duplicado nada tendo feito para recuperar as verbas (dinheiro público) que incompetentemente geriam.”
Para os eleitos do PS falar em “degradação das contas”
ao mesmo tempo em que foi conhecido que o Município de Moura, gerido pelo PS,
no quadro da CIMBAL, foi aquele que registou a melhor taxa de execução ao nível
dos projetos integrados no ITI e cofinanciados pelo Alentejo 2020, em que tinha
um montante de investimento inicialmente previsto de 2.956.472,00€, tendo no
final executado investimentos no montante de 4.690.090,00€, “representa para o
Partido Comunista/CDU um ato de revolta interior por verificar que a gestão foi
eficaz e a estratégia foi a correta”.
Os eleitos do PS, para responder à afirmação de “degradação das contas” revelam
ainda que “este executivo, fruto de uma rigorosa gestão tem um prazo médio de
pagamentos de 16 dias” e “não tem pagamentos em atraso.” Por isso, questionam se “não seria preferível falar com verdade à população do
nosso Concelho senhores eleitos do Partido Comunista/CDU?”
Também a Concelhia de Moura do PS, em comunicado responde
aos eleitos da CDU com a afirmação que “a oposição da CDU de Moura bateu no
fundo”. De acordo com a concelhia socialista é legitimo e normal que os vereadores da CDU tenham
votado contra as contas de 2023, o que não é normal “é que, perante uma série
de evidências e fatores positivos que as contas refletem” e que foram expostas
pelo Presidente da Câmara Municipal de Moura em plena reunião perante todos
aqueles que a ela assistiram, “não haja uma análise real e coerente dos
resultados.”
A concelhia socialista considera ainda que o comunicado dos vereadores da CDU é
“típico de quem está em processo de desespero” para “tentar deitar abaixo a
imagem de um executivo que tem apresentado trabalho e contas certas”
Os socialistas de Moura consideram ainda que é “prática corrente dos eleitos da CDU, quando não têm mais para dizer, optar por lançar a confusão usando e abusando de uma forma de fazer oposição triste e que, consideramos nós, bateu no fundo.”