Moura: vereadores da CDU votaram contra a proposta de Orçamento e GOP para 2022
Os vereadores eleitos pela CDU votaram contra a proposta de Orçamento e Grandes Opções do Plano para o ano de 2022 da Câmara de Moura.
Em nota de imprensa é
afirmado que “este sentido de voto é um sentido coerente, já que acompanha a
posição tomada pela CDU nos últimos orçamentos e GOP do Município sob a gestão
socialista.”
Consideram os vereadores da CDU que a proposta de Orçamento e GOP para o ano de 2022, não apresenta “nada de novo ao concelho de Moura, traduzindo-se num vazio de estratégia e ideias para o nosso futuro e continuando uma gestão curta que terá grandes consequências para a vida no nosso território.”
É ainda acrescentado que “como exemplo do amadorismo imprimido no documento temos o assumir de responsabilidades financeiras para o violento e incerto processo de transferência de encargos (disfarçado de transferência de competências) para o mês de janeiro, quando este processo só ocorrerá obrigatoriamente a partir do dia 1 de Abril. Ir mais longe do que os poderes centrais era uma premissa a que a direita nos tinha habituado, não podemos voltar a admitir essa política servil. Esta situação ainda assume maior importância num quadro político em que vamos ter eleições legislativas e em que crescem as vozes críticas face a este processo que põe em causa a universalização no acesso à educação e a ação social.”
Para os vereadores da CDU “já são 5 orçamentos perdidos desde 2017. O concelho de Moura não aguentará muito mais” e acrescentam que “com sentido de responsabilidade com os habitantes do nosso concelho e após verificar que nada foi alterado após a reunião no âmbito do Estatuto da Oposição e que não existe uma perspetiva de colocar o Município ao serviço do futuro do concelho, a CDU não se pode rever neste documento.”
É ainda afirmado que “o nosso voto contra deve impulsionar o PS a assumir as suas responsabilidades e permite a oportunidade de apresentar um novo documento, que consubstancie realmente os anseios e os desejos dos nossos conterrâneos e que não se limite a aplicar as “ordens” do poder central, extravasando-as e condenando-nos todos a uma gestão de dia a dia.”