“Sabe muito bem subir ao pódio como vencedor. Foi muito renhido no final, mas é muito bom”, resumiu à Lusa o corredor da EF Education-Aevolo, após conquistar a 42.ª edição da ‘Alentejana’.

Com apenas 20 anos, o britânico ainda está pouco acostumado a exprimir-se, recorrendo a frases curtas para manifestar as suas sensações.

“Sempre acreditei nos rapazes, que me iriam ajudar, e estava forte hoje na chegada”, respondeu, ao ser questionado sobre se chegou a temer perder a amarela depois de alguns dos homens do top 10 da geral terem integrado a fuga do dia.

Noah Hobbs sucedeu no palmarés de vencedores da Volta ao Alentejo a Eduard Prades, inscrevendo o nome numa lista na qual se incluem Miguel Induráin, cinco vezes vencedor da Volta a França, ou Enric Mas, três vezes vice-campeão da Volta a Espanha.

“É sempre bom adicionar o nome ao palmarés. É uma ótima corrida, desfrutei muito”, reconheceu o também vencedor da classificação por pontos e da juventude, assim como da primeira e terceira etapas.

Segundo na quinta e última tirada, atrás do italiano Luca Giaimi (UAE Emirates Gen Z), o jovem ciclista da equipa de formação da EF Education-EasyPost conquistou a geral, deixando o segundo classificado, o argentino Nicolás Tivani (Aviludo-Louletano-Loulé), a 12 segundos.

“Foi uma boa semana. Tínhamos qualidade para ganhar a esta concorrência, lutámos como equipa e faltou muito pouco. Jogou contra nós a desclassificação na terceira etapa, que não entendi porque aconteceu… […], mas também há coisas para melhorar”, admitiu, em declarações à Lusa.

Tivani recordou que já leva “quatro segundos lugares” esta temporada, na qual ganhou a Volta a San Juan e a classificação da montanha da Volta ao Algarve, mas preferiu ver o lado positivo desses resultados.

“Isso quer dizer que estou em boa forma, mesmo não tendo conseguido a vitória”, pontuou.

Atrás do argentino ficou o colombiano Jesús Peña, terceiro da geral final, a 13.

“Estou muito feliz de voltar a subir ao pódio de uma corrida por etapas. Via este desfecho um pouco complicado, porque o Alentejo é uma corrida muito explosiva. Ganhou um sprinter e o Tivani foi segundo, que sabemos que é um homem rápido. Por isso, estou contente por estar no pódio com ciclistas velozes”, destacou o trepador da lusa APHotels&Resorts-Tavira-Farense, em declarações à Lusa.

Também Pedro Pinto (Efapel) estava contente com o facto de subir ao pódio como ‘rei’ da montanha, dizendo sentir-se “bem” com o resultado alcançado.

“Não vínhamos para aqui com o objetivo de ganhar a montanha, aconteceu por acaso. Mas também tentámos fazer para que acontecesse. O nosso objetivo era ganhar a Volta ao Alentejo, tentámos ao máximo até ao último dia, mas não foi possível”, afirmou, em declarações à Lusa.

A Efapel lançou hoje Tiago Antunes na fuga, nos 151,5 quilómetros entre Estremoz e Évora, mas o seu ciclista teve de contentar-se com o estatuto de melhor português, no oitavo lugar, a 28 segundos de Hobbs.

“Sabíamos que seria uma Volta ao Alentejo bem disputada, penso que houve espetáculo do princípio ao fim, o que é muito bom para a competição. […] É verdade que hoje, ao sprint, sabíamos que não teríamos hipóteses, tentámos de longe, e não resultou. Tentámos ao máximo dar a volta à classificação geral e penso que foi um balanço muito positivo”, declarou Antunes.

Comente esta notícia

Este site usa cookies para melhorar a sua experiência. Ao continuar a navegar estará a aceitar a sua utilização.