“Foi uma vitória importante” e “expressiva” no âmbito da votação para a câmara, já que “houve uma diferença enorme”, de 11,7 pontos percentuais, entre a primeira e a segunda forças políticas mais votadas, respetivamente, a CDU e o PS, disse à agência Lusa Leonel Rodrigues.
A diferença também revela “a vontade” que existia em Barrancos “por um projeto” como o que apresentou, referiu, frisando que a eleição foi “um pouco atípica”, porque o PSD, neste caso coligado com o CDS-PP, elegeu um vereador na Câmara de Barrancos, pela primeira vez.
Também “nunca tinha acontecido” o partido mais votado não obter maioria absoluta, neste concelho, e a distribuição dos cinco lugares no executivo da autarquia acabar “por ficar dois, dois, um”.
Nas autárquicas de domingo, a CDU, que junta PCP e PEV, reconquistou a Câmara de Barrancos, que, desde as primeiras autárquicas, só não liderou nos mandatos de 2001-2005 e de 2017-2021, quando a perdeu para o PS.
A CDU foi a força política mais votada na eleição para a câmara municipal, com 46,5% dos votos, seguindo-se o PS com 34,80% e a coligação PSD/CDS-PP com 15,50%.
Com estes resultados, a CDU não conseguiu maioria absoluta, já que só elegeu dois dos cinco lugares no executivo (o presidente e um vereador), sendo os restantes atribuídos ao PS (dois) e à coligação PSD/CDS-PP (um).
Segundo Leonel Rodrigues, esta situação tem como “parte positiva” permitir “reforçar a democracia”, já que estão representados no executivo camarário os três partidos que concorreram e que irão “trabalhar juntos”.
Questionado pela Lusa sobre eventuais acordos entre a CDU sem maioria e os restantes vereadores, Leonel Rodrigues indicou que vão ser analisadas “todas as hipóteses no sentido de dar a Barrancos o melhor”.
Em declarações à Lusa, o cabeça de lista do PS, José Domingos Marques, eleito vereador, reconheceu que os socialistas não conseguiram atingir o objetivo de ganhar a câmara.
No entanto, “vamos representar as pessoas que votaram em nós e trabalhar por Barrancos na mesma”, afirmou José Domingos Marques, atual presidente da Assembleia Municipal de Barrancos.
“É uma situação nova em Barrancos, nunca tinha acontecido haver um partido com a presidência, mas não com maioria”, frisou, referindo que o PS terá que analisar a situação e a novidade da eleição de um vereador pela coligação PSD/CDS-PP.
Questionado pela Lusa sobre eventuais acordos, o socialista frisou que a CDU “não tem maioria” e, por isso, o novo presidente “terá de tentar negociar uma solução” com o PS e a coligação PSD/CDS-PP.
A vereadora eleita pela coligação PSD/CDS-PP, Dalila Guerra, disse à Lusa que a eleição de um vereador foi uma “vitória” para estes partidos, algo que “nunca tinha acontecido antes”.
“Foi uma eleição completamente atípica e que ninguém estava à espera”, vincou.
Também questionada pela Lusa sobre eventuais acordos, Dalila Guerra disse que o concelho de Barrancos não poderá ser “prejudicado”, pelo que: “A partir daí, logo veremos se há acordos e negociações ou não”.
 

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