“Para ultrapassar os desafios e alcançar os objetivos será sempre em unidade, no local de trabalho, a falar com os trabalhadores, a mobiliza-los e a traze-los para junto de nós”, disse Tiago Oliveira em declarações à agência Lusa horas depois de ter sido eleito secretário-geral da CGTP para o mandato de 2024/2028 com 107 votos a favor de um total de 132 elementos do Conselho Nacional da intersindical que participaram na votação.

A eleição foi realizada, após o encerramento dos trabalhos do XV congresso da CGTP, que decorreu na Torre da Marinha, Seixal, distrito de Setúbal.

Tiago Oliveira considera que as intervenções dos sindicatos e o conteúdo das mensagens trazidas durante os dois dias de congresso demonstram a proximidade que os sindicatos da CGTP têm com os trabalhadores nos locais de trabalho.

“São muitas as lutas a ser dadas como exemplo”, adiantando que “há a perspetiva de sair daqui mais reforçados com mais força para continuar o verdadeiro combate a uma mudança politica que tem de ser colocada em prática”.

O secretário-geral da CGTP adiantou que nos últimos 40 anos tem-se assistido a uma degradação das condições de trabalho, das condições de vida e dos direitos dos trabalhadores considerando ser impensável que em pleno XXI exista uma desregulação total dos horários de trabalho.

A valorização dos salários e o combate à precariedade é uma das lutas do presente e de futuro da CGTP, frisou o dirigente, alertando que todos os trabalhadores devem assumir a sua condição de classe e lutar por uma vida melhor.

“Estamos em plena campanha eleitoral e é importante que os trabalhadores façam uma avaliação do que são 40 anos de uma política de empobrecimento e degradação das condições de vida e trabalho. Que façam uma leitura atenta daquilo que é a sua condição de trabalhador e a perspetiva que têm por uma vida melhor e que no dia 10 vote em consciência”, apelou.

Tiago Oliveira, de 43 anos, poderá fazer mais do que um mandato como líder da CGTP.

De acordo com dados do último congresso, realizado em 2020, a CGTP representava 556 mil trabalhadores em todo o país.

A CGTP é constituída por 10 federações sindicais, 22 uniões e 79 sindicatos filiados. Agrega ainda cerca de 40 sindicatos que, não sendo filiados, convergem com a intersindical na ação face a objetivos comuns, segundo dados da intersindical.

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