O cavaleiro de Serpa João Miguel Torrão ajuda a colocar Portugal na final olímpica.
Os cavaleiros portugueses João Miguel Torrão e Rodrigo Torres enalteceram hoje a qualificação para a final de Ensino em desporto equestre dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, 69 anos após a última presença.
Após o exercício de João Miguel Torrão, que montou Equador, a seleção
portuguesa de ensino em desporto equestre assegurou a qualificação para o
Grande Prémio Especial por equipas, que está marcada para terça-feira, a partir
das 17:00 locais (09:00 em Lisboa), um dia antes da final individual, que vai
começar às 17:30 (09:30).
Portugal, com João Miguel Torrão, Rodrigo Torres e Maria Caetano, somou 6.862,5
pontos, que lhe valeram o sétimo lugar, penúltimo de apuramento, à frente da
Espanha (6.749,5), igualmente apurada.
“Ter, pela primeira vez, uma equipa nos Jogos Olímpicos já é um feito
extraordinário. Estou muito contente com o meu desempenho no Grande Prémio e
também com o do Equador. Estou feliz, foi um objetivo cumprido”, afirmou João
Miguel Torrão, em declarações à agência Lusa.
O cavaleiro natural de Serpa, de 28 anos, contabilizou 70,186 pontos,
terminando no quinto lugar do Grupo F.
“Acho que foi o maior estádio em que já competi, é uma experiência única. Poder
estar aqui já é um feito incrível, por isso, estou muito orgulhoso. Já foi uma
meta ultrapassada, acho que me deu muita experiência e agora é pensar nos
próximos desafios”, vincou João Miguel Torrão.
Fundamental na qualificação coletiva, Rodrigo Torres, em Fogoso, conseguiu
também um lugar na final individual, que junta os dois primeiros de cada um dos
seis grupos e os oito mais bem pontuados, depois de ter conquistado 72,624
pontos, no domingo, no primeiro dia de provas em Tóquio, que lhe valeram o
quinto posto no Grupo C.
“Agora vamos desfrutar, fazer o melhor possível e tentar colocar Portugal no
melhor lugar que conseguirmos”, frisou, em declarações à Lusa.
O cavaleiro de Monforte, de 44 anos, manteve o fito coletivo, partilhando as
congratulações com os restantes elementos da seleção nacional.
“Chegar à final por equipas era uma das nossas metas. Conseguimos, é um grande
feito, uma grande alegria e uma grande honra. Estamos de parabéns, eu, o João e
a Maria, porque correu bem e estivemos a um bom nível”, rematou Rodrigo Torres.
O pecúlio nacional foi completado por Maria Caetano, em Fenix de Tineo. A
cavaleira de Monforte terminou no quarto lugar do Grupo B, com 70,311, também
no domingo.
Com o lugar entre as oito seleções no Grand Prix Special, tal como em Helsínquia1952,
Portugal assegurou uma posição de diploma olímpico, numa modalidade em que
Portugal conquistou uma medalha de bronze em Londres1948.
Na prova individual (Grand Prix Freestyle), vai igualar, pelo menos, o 16.º
lugar de Gonçalo Conchinhas Carvalho em Londres2012, na última participação
portuguesa nesta disciplina.