A exposição internacional itinerante, dedicada ao escritor José Saramago e ao romance “Ensaio Sobre a Cegueira”, inclui trabalhos de 41 artistas de Marrocos, Cabo Verde, Itália, Portugal, Espanha e França, países que integram a rede Sete Sóis Sete Luas. 

“Esta exposição partiu do sentimento que liga o festival ao grande escritor português e é uma homenagem ao seu pensamento, às suas ideias, à sua poética”, explicou a organização do festival, citada num comunicado da Câmara de Odemira.

Para a exposição, patente no Espaço CRIAR, os promotores desafiaram os “artistas (pintores, escultores, fotógrafos) dos vários países da rede cultural” a conceberem “uma obra inspirada em Saramago” e no seu romance “Ensaio sobre a Cegueira”.

Uma história que “se tornou ainda mais atual com o aparecimento nas nossas vidas da emergência originada pela covid-19”, sustentaram.

“A cegueira de que fala Saramago é uma epidemia contagiosa, um beco sem saída, e nas entrelinhas é revelada uma análise bem lúcida acerca da natureza humana, que nos parece falar sobre nós próprios”, sublinhou a organização.

A ligação do festival com o escritor José Saramago remonta a 1992, “altura em que o escritor cedeu a um grupo de jovens estudantes os direitos da edição italiana do livro ‘O Ano de 1993’”, tendo sido nomeado presidente honorário do Festival Sete Sóis Sete Luas.

O nome do festival baseou-se num dos seus romances, “Memorial do Convento”, a partir dos personagens Baltazar (Sete Sóis) e Blimunda (Sete Luas), que se associam ao sonho do Padre Bartolomeu de Gusmão de construir a primeira máquina voadora, a passarola, que é usada como símbolo do projeto.

A mostra em Odemira marca o encerramento da edição deste ano do certame na vila alentejana.

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