Odemira recebe Festival de Estátuas Vivas
Mais de uma dezena de artistas portugueses vão marcar presença, hoje e amanhã, na primeira edição do Festival de Estátuas Vivas de Odemira, que vai promover esta arte no centro daquela vila.
O evento, organizado pela Associação Arco do Tempo, integra a programação do Abril em Odemira – Festival da Justiça e da Liberdade, da câmara municipal, e juntará nove artistas profissionais, três amadores e mais um músico, todos portugueses, com performances alusivas aos 50 anos da Revolução dos Cravos.
“Todos os personagens estão ligados ao 25 de Abril”, contou à agência Lusa Cláudia Candeias, presidente da Arco do Tempo, que também vai participar no festival como 'estátua viva'.
Segundo esta responsável, “em Portugal ainda não existem muitos acontecimentos e festivais desta natureza”, tendo sido sempre seu desejo avançar com uma iniciativa desta natureza em Odemira.
“Surgiu esta oportunidade de concorrermos ao [programa] ‘Odemira Criativa’, que foi aceite, e vamos fazer a primeira edição, que esperamos que seja para continuar, sempre com temas diferentes”, revelou.
Cláudia Candeias acrescentou que o objetivo do festival, que vai decorrer das 14:30 às 18:00 em ambos os dias, “é criar alguma cultura desta área das estátuas vivas entre a população e formar jovens que estejam interessados nesta arte”.
“As pessoas têm a ideia da estátua viva como aquela pessoa que está na rua, mas agora os novos trabalhos são completamente diferentes, mais artísticos, plásticos e criativos do que as pessoas imaginam”, disse.
Por isso, “é interessante dar isso a conhecer às pessoas, para que possam perceber que na estátua viva há um trabalho grande que se faz por detrás, tanto a nível plástico como a nível interior”.
Cláudia Candeias frisou ainda que o público terá a oportunidade de participar ativamente no festival, votando na melhor estátua presente no certame.
Segundo a presidente da Associação Arco do Tempo, “Portugal está muito bem cotado a nível de estátuas vivas”, dado o trabalho internacional de quase quatro décadas de António Santos, que também vai estar em Odemira.
“Foi ele que começou em Barcelona [Espanha], nas Ramblas, e somos todos um bocadinho seus discípulos”, concluiu.