Utentes criticam falta de profissionais e degradação de extensão de saúde de Vila Nova de Milfontes
A falta de profissionais e a degradação da Extensão de Saúde de Vila Nova de Milfontes, em Odemira, foram criticadas pela comissão de utentes do concelho, que vai, hoje, sensibilizar a população para estes problemas.
“Vamos distribuir um documento e realizar uma ação de informação junto da população, para a sensibilizar para os problemas existentes nesta extensão de saúde”, disse à agência Lusa Dinis Silva, coordenador das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano.
A campanha de sensibilização, que inclui a distribuição de um documento, é promovida pela Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Odemira e vai começar às esta tarde, 18:00 horas, na FEITUR – Feira de Turismo do SW, que está a decorrer na sede de freguesia.
O objetivo é informar os habitantes sobre “o atual estado de degradação” do edifício onde funciona a Extensão de Saúde de Vila Nova de Milfontes.
“A extensão de saúde está mesmo muito degradada. O edifício é também muito exíguo e não serve para este fim, nem para os profissionais de saúde, nem para os utentes”, criticou Dinis Silva.
Segundo o coordenador das comissões de utentes, “há mais de dois anos, o conselho de administração do Hospital do Litoral Alentejano [HLA]”, no qual a extensão de saúde está integrada, “prometeu avançar com um novo projeto, mas até agora nada”.
“As obras devem começar o mais rápido possível, porque o projeto está emperrado”, acrescentou.
A extensão de saúde também “só tem dois médicos”, o que “é pouco”, e está aberta “de segunda a sexta-feira”, mas os clínicos “não trabalham à sexta”, disse o mesmo responsável.
Atendendo a que, no verão, a população de “cerca de seis mil habitantes [da freguesia] triplica”, a comissão de utentes do concelho “está muito preocupada” e reclama o reforço do número de profissionais e o alargamento dos horários da extensão de saúde.
“Exigimos o alargamento dos horários, para que esteja aberta também aos fins de semana e feriados, se possível todo o ano, mas em especial no verão”, precisou Dinis Silva.
O “início urgente” da construção de uma nova extensão de saúde é também uma reclamação inscrita no documento que vai ser distribuído à população.