ONG portuguesas, entre elas a ADPM, apoiam 22.500 pessoas a combater a fome
O desastre aconteceu em março de 2019, mas dois anos depois a situação continua a ser dramática ao nível da segurança alimentar. Enfrentando uma das épocas ciclónicas mais fortes de sempre, muitos dos avanços ao nível da produção agrícola tiveram grandes retrocessos.
Estima-se que 2,9 milhões de pessoas nas áreas rurais (aproximadamente 2,1 milhões) e urbanas (800 mil) em todo o país sofram de insegurança alimentar severa durante este mês de março*.
Como resposta de apoio a Moçambique, as ONG portuguesas Oikos, Caritas Portuguesa e ADPMértola, unidas em parceria com a Cáritas Moçambicana e a Associação Luarte – continuam a trabalhar nas zonas críticas mais afetadas após a passagem dos ciclones Idai e Kenneth - províncias de Sofala e Cabo Delgado – apoiando a recuperação do sector agrícola para garantir a segurança alimentar e nutricional das famílias e a restauração económica das comunidades.
A intervenção, desenvolvida em consórcio sob a coordenação da Oikos, contribui para a recuperação produtiva das famílias mais afetadas, que lhes permita, de forma autónoma e sustentável, assegurar a satisfação das necessidades alimentares e nutricionais do agregado familiar
A prioridade principal no momento é que as famílias consigam produzir e garantir os seus alimentos: já foram feitas entregas de sementes (de milho, feijão e gergelim) e materiais agrícolas na província de Sofala. Também já foram criados diferentes campos de demonstração agrícola, "escolas" para ensino de novas técnicas de cultivo que permitam ser mais eficientes.
Estas ONG vão ainda melhorar a capacidade de armazenamento de cultivos, para as famílias não perderem as suas colheitas e apoiar as pessoas a criar novas fontes de rendimento, vivendo da agricultura.
O trabalho está ainda fortemente orientado para melhorar as capacidades locais de resposta aos impactos futuros de desastres naturais na segurança alimentar e meios de vida.
Esta ação é financiada pelo Mecanismo de Reconstrução para Moçambique acionado pelo Governo Português através do Camões, I.P.