O concurso público para a aquisição do comboio turístico pelo município alentejano, publicado em Diário da República e consultado pela agência Lusa, tem o valor base de 315.450 euros.

O investimento, integrado no projeto turístico do Parque Mineiro de Aljustrel, terá uma compartição de 70%, através da Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior, do Turismo de Portugal.

O presidente da Câmara de Aljustrel, Nelson Brito, adiantou à Lusa que o comboio turístico será uma réplica de uma antiga locomotiva mineira e será elétrico, com capacidade para cerca de 50 pessoas, incluindo passageiros com mobilidade reduzida.

Segundo o autarca, a viatura será utilizada em passeios a partir da antiga galeria mineira do Piso 30, que é possível visitar, passando depois pelas antigas minas de São João, pelos bairros mineiros e pelo chamado “Km 10”, onde se encontram vestígios da antiga zona de exploração mineira de Pedras Brancas.

Paralelamente, o comboio também permitirá “a visitação do Aljustrel ‘rural’, ligado ao campo”, passando “pelas freguesias rurais do concelho”, acrescentou.

Esta é uma das componentes do projeto do Parque Mineiro de Aljustrel, que visa a preservação e valorização do passado e da identidade mineira da vila alentejana, que tem mina há cerca de 5.000 anos e onde esta atividade ainda emprega atualmente cerca de 1.000 pessoas.

Nesse sentido, a câmara tem a decorrer as obras de construção do Centro de Receção e Acolhimento do Parque Mineiro, avaliadas em quase 1,5 milhões de euros.

De acordo com Nelson Brito, a empreitada deve estar concluída “até final deste ano” e conta com apoio comunitário, através do programa operacional regional Alentejo 2020.

A empreitada está incluída no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) de Aljustrel e decorre junto ao edifício dos antigos balneários da mina, na zona do malacate Viana, um dos poços de descida ao fundo.

O novo Centro de Receção e Acolhimento do Parque Mineiro de Aljustrel contará com dois grandes núcleos.

No primeiro, ficará a área de encontro e de receção, uma sala de exposições temporárias, uma área de restauração com esplanada e uma loja de artesanato.

Já o segundo núcleo, de cariz museológico, contará com uma área de exposição e outra em que será reproduzida o interior de uma galeria mineira, com um simulador para que o visitante possa “sentir” o que é a descida ao fundo da mina.

 

Comente esta notícia

Este site usa cookies para melhorar a sua experiência. Ao continuar a navegar estará a aceitar a sua utilização.