Amanhã, às 10.00 horas, no Campus ALSUD/Centro Experimental para a Gestão dos Recursos Cinegéticos e Biodiversidade é apresentado o “Estudo e inventariação da flora e insetos do PNVG”, da parte da tarde, na sede da ADPM, realiza-se um encontro de agricultores do projeto +Solo+Vida-Boas práticas no PNVG.

Na quinta-feira, no auditório do museu do cante passam os documentários “Guadiana selvagem” e “Territórios de Lince”. No dia seguinte, sexta-feira, na Escola Profissional ALSUD passa o documentário “Guadiana Selvagem” com duas sessões, uma de manhã, outra de tarde.

Sábado, é dia de passeios interpretativos pelo Parque Natural do Vale do Guadiana.

Até dia 26, nas instalações do IPBeja encontra-se patente ao público a exposição “Papel da Sociedade na gestão das áreas protegidas: caso do Parque Natural do Vale do Guadiana”

O Parque Natural do Vale do Guadiana, com cerca de 69.666 ha, situa-se no vale médio daquele que é o "Grande Rio do Sul" de Portugal, assentando numa planície ondulada em que se escondem os vales encaixados do rio e seus afluentes que, não raro, se reduzem a pegos na época estival. A área protegida margina o Guadiana desde a zona do Pulo do Lobo até à foz da ribeira de Vascão. O ponto mais elevado do parque natural (370 m) situa-se nas elevações quartzíticas das serras de Alcaria e São Barão. 

A bacia hidrográfica do Guadiana é a mais importante em Portugal para a conservação de peixes de águas interiores, representados por 11 espécies de peixes nativos e residentes, sendo a maior parte endemismos ibéricos. Destacam-se o saramugo (Anaecypris hispanica), da boga-do-guadiana (Pseudochondrostoma willkommii), do barbo-de-cabeça-pequena (Luciobarbus microcephalus) e do caboz-de-água-doce (Salaria fluviatilis), que apenas ocorrem nesta bacia hidrográfica em Portugal. Este é também um importante local de reprodução ou crescimento para 4 espécies de peixes migradores, nomeadamente a lampreia (Petromyzon marinus) o sável (Alosa alosa), a savelha (A. fallax) e a enguia-europeia (Anguilla anguilla).

O coberto vegetal é dominado por montados de azinho, com presença modesta do sobreiro, extensas áreas de esteval e de culturas de sequeiro, mostrando estarmos em pleno Alentejo. No domínio da avifauna destacam-se as aves de presa e um importante cortejo de passeriformes (vulgo pássaros). Em Mértola, ocorre a última colónia urbana e uma das mais importantes a nível nacional, de uma espécie bastante rara e ameaçada – o francelho ou peneireiro-das-torres (Falco naumanni).  

Situada no alto de um esporão rochoso assinalando o termo de navegabilidade do Guadiana, Mértola domina a envolvente e guarda inúmeros testemunhos de épocas anteriores - árabes, romanos, medievos…  

Texto retirado do site do PNVG

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