PCP: Cronologia de 100 anos de Vida e de Luta
O Partido Comunista Português (PCP), o mais antigo dos partidos portugueses, assinala, hoje, por todo o país, 100 anos sobre a sua fundação. No distrito de Beja, as iniciativas que assinalam a data começam no sábado de manhã, às 10.00 horas, no largo Catarina Eufémia, em Baleizão, às 10.30 horas, na Rua Adanjo e Madeira, em Aljustrel e às 11.00 horas, na Praça 5 de Outubro, em Salvada. Da parte da tarde, às 14.00 horas, a proposta é a realização de um cordão humano, na cidade de Beja, a ligar o Jardim do Bacalhau à Praça da República. Às 15.00 horas há varias iniciativas agendadas, junto aos centros de trabalho do PCP, em Ferreira do Alentejo, Serpa, Castro Verde e Mértola. Em Pias, também às 15.00 horas, a iniciativa decorre Junto ao Jardim. No domingo a ação para assinalar os 100 anos do PCP realiza-se na Praça Condes de Ficalho, em Vila Verde de Ficalho, no concelho de Serpa.
Cronologia histórica de acontecimentos nacionais e internacionais que se cruzam com a vida do PCP:
1848
É publicado o Manifesto do Partido Comunista, de
Karl Marx e Friederich Engels.
1910
05 de outubro – Implantação da República, em
Portugal.
1914
Começa a I Guerra Mundial. Reino Unido, França e
Rússia defrontam Alemanha, Áustria e Turquia.
1917
Outubro – Revolução russa. Tomada do poder na
Rússia pelos bolcheviques, de Lenine.
1919
Março - É fundada a III Internacional Comunista
(Comintern), por Lenine e Trotski.
Setembro - Fundação da Federação Maximalista
Portuguesa (FMP), organização-mãe do comunismo em Portugal, por Manuel Ribeiro.
A FMP reagrupava os primeiros sovietistas portugueses. Editava o semanário
"Bandeira Vermelha".
1921
06 de março - Fundação do Partido Comunista
Português (PCP), na sede da Associação dos Empregados de
Escritório, em Lisboa, onde se realiza a assembleia que elege a direção do
partido.
Num manifesto em que faz a sua apresentação
pública, o PCP publica os 21 pontos da Internacional
Comunista, que constituem a sua base política, e afirma a sua adesão ao
Movimento Comunista Internacional. Pouco depois forma-se a Juventude Comunista.
16 de outubro - Primeira publicação d'"O
Comunista", órgão de informação do PCP, e que o "Avante!" viria substituir em
fevereiro de 1931.
Publicação de "O Jovem Comunista", órgão
da Juventude do partido.
1922
O PCP adere à Internacional Comunista e já se faz
representar no congresso de dezembro, em Moscovo, no ano em que é proclamada a
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), em 30 de dezembro.
1923
10, 11 e 12 de novembro - I congresso do PCP, em Lisboa, em Lisboa. É eleito secretário-geral
José Carlos Rates.
1924
21 de janeiro – Morte de Lenine. Começa a ascensão
de José Estaline ao poder na URSS.
1925
Carlos Rates é afastado de secretário-geral do PCP
1926
28 de maio - Golpe militar e instauração de
ditadura militar. Dissolução do Parlamento, imposição da censura prévia à
imprensa. O golpe interrompeu, em 29 de maio, II congresso que estava a
decorrer.
1927
Ditadura fecha a Confederação Geral do Trabalho (CGT),
anarco-sindicalismo. O PCP passa à clandestinidade.
1929
21 de abril - Decorre, na clandestinidade, o
congresso em que Bento Gonçalves, operário do Arsenal do Alfeite, em Almada, é
designado secretário-geral do partido. Ocupa este cargo até 11 de setembro de
1942.
1930
Bento Gonçalves é deportado para Açores e depois
para Cabo Verde.
1931
15 de fevereiro - É publicado o primeiro número do
jornal "Avante!", órgão central do PCP.
Álvaro Cunhal adere ao PCP, através da Federação das Juventudes Comunistas
(FJC).
1932
Francisco de Paula Oliveira, também conhecido como
Pavel, é secretário da FJC.
1934
18 de janeiro – Greve nacional contra o estatuto
do trabalho nacional, com especial expressão na Marinha Grande, Leiria. É
reprimida pela polícia e morrem vários militantes comunistas.
A partir de março, Pavel, líder das FJC, é o
representante do PCP junto da Internacional Comunista, em Moscovo.
1935
É preso o secretariado do comité central do PCP, composto por Bento Gonçalves, Júlio Fogaça e
José de Sousa. Até ao final dos anos 1930 são presos dirigentes como Francisco
Miguel, Carolina Loff, Ludgero Pinto Basto e Álvaro Cunhal. Esta década encerra
uma primeira fase da vida do partido.
PCP apresenta o seu primeiro relatório ao congresso da
Comintern.
1936
Álvaro Cunhal, com o pseudónimo “Daniel”, é eleito
para o comité central. Neste ano, passa à clandestinidade e viaja até Moscovo
para participar no congresso da Internacional Juvenil Comunista. No regresso,
participa em Madrid na Organização Antifascista dos Portugueses Antifascistas.
1937
Atentado contra Salazar, responsabilidade de grupo
anarquista, liderado por Emídio Santana. Álvaro Cunhal é preso, passa pelo
Aljube e depois vai para Peniche.
1939
PCP é afastado do Comintern.
Começa a II Guerra Mundial. Invasão da Polónia
pela Alemanha.
1940/1941
Em 1940 um grande número de militantes é
libertado, entre eles Álvaro Cunhal, Militão Ribeiro, Sérgio Vilarigues, Pires
Jorge, José Gregório, Pedro Soares, Manuel Guedes e Júlio Fogaça. O PCP leva a cabo uma reorganização do partido,
iniciada por Bento Gonçalves e que depois Cunhal prossegue.
1942
Bento Gonçalves morre, em 11 de setembro, no
Tarrafal.
1943
III congresso do PCP, primeiro na clandestinidade, avança com
reorganização do partido, na linha leninista, processo liderado por Cunhal.
1945
Termina a II Guerra Mundial com a vitória dos
Aliados contra a Alemanha e Japão. Fundada a ONU, onde Portugal não entra. A
Europa fica dividida, com o Leste sob influência da União Soviética. É criado o
Movimento de Unidade Democrática (MUD), sob influência do PCP. O regime cria a polícia política, a PIDE,
herdeira da PVDE. São detidos centenas de militantes do PCP.
1946
IV congresso do PCP, na Lousã. Grupo de Cunhal vence e derrota a
“política de transição”, defendida pelo grupo de Júlio Fogaça. Partido reclama
ter 7.000 militantes.
1948
Nova visita de Álvaro Cunhal à União Soviética e
outros países do bloco do Leste, iniciada em 1947 (ano em que começa a Guerra
Fria), para tentar a reintegração do PCP na Internacional Comunista.
1949
Nova vaga de detenções de dirigentes do partido.
Cunhal é preso numa casa clandestina, no Luso. Julgado no ano seguinte, é
condenado a uma longa pena de prisão.
1955
Portugal é admitido na ONU, após anos de espera. É
criado o Pacto de Varsóvia, bloco militar de Leste, por oposição à NATO,
fundada em 1949.
1957
V congresso do PCP no Estoril, que ficou conhecido como o da
desestalinização. É adotada a “solução pacífica” de transição para o
socialismo, imposta pelo PCUS, agra liderado por Krutchov.
1958
PCP apoia candidatura presidencial de Arlindo Vicente, mas
desiste a favor de Humberto Delgado. Candidato do regime, Américo Tomás, ganha.
1959
O “golpe da Sé”, de militares e civis católicos,
com o apoio do PCP, fracassa.
1960
Fuga de Peniche. Em janeiro, fogem da prisão
destacados dirigentes comunistas, como Álvaro Cunhal, Carlos Costa, Francisco
Martins Rodrigues, Francisco Miguel, Costa Carvalho, Jaime Serra, Joaquim
Gomes, Pedro Soares e Rogério de Carvalho.
1961
Álvaro Cunhal é eleito secretário-geral do
partido. Ocupou o cargo até 1992, altura em que foi substituído por Carlos
Carvalhas. Passa a viver no exílio, nos países do chamado Bloco de Leste. É
eleito secretário-geral do PCP. Cunhal discursa no congresso do PCUS, em
Moscovo. PCP tem novos estatutos e confirma-se a derrota
da linha do chamado “desvio de direita”, protagonizada por Júlio Fogaça, que é
preso.
Falha o chamado golpe Botelho Moniz, é desviado o
paquete “Santa Maria”, por Henrique Galvão, que chama a atenção para a situação
portuguesa.
Começa a guerra colonial, em Angola. Há um reforço
de tropas portuguesas.
1962
Primeira emissão da "Rádio Portugal
Livre", que difundia em Portugal algumas notícias que a censura impedia os
jornais de divulgarem.
1963
Cisão no movimento comunista português, devido ao
conflito sino-soviético, com a criação do Comité Marxista-Leninista Português
(CMLP).
1964
Comité central do PCP reúne-se em Moscovo, onde Cunhal apresenta o
relatório mais tarde batizado “Rumo à Vitória”.
Dissidência de Francisco Martins Rodrigues,
considerado o precursor do maoismo em Portugal, que cria a Frente de Ação
Popular (FAP) e mais tarde o PCP (ml).
É criada a estrutura armada do PCP, a Acção Revolucionária Armada (ARA), que só faz
a sua primeira ação em 1970.
1965
No VI congresso, em setembro, o PCP aprova o programa do partido para "a
Revolução Democrática e Nacional". Rutura com tendência maoista, de
extrema-esquerda.
1968
António de Oliveira Salazar dá uma queda de uma
cadeira e é substituído por Marcelo Caetano.
1970
Morte de Salazar. A ARA, braço armado do PCP, faz a sua estreia com um atentado contra um
navio que ia partir de Lisboa para África com armas.
1974
25 de abril, o Movimento das Forças Armadas (MFA)
derruba o Governo liderado por Marcelo Caetano e o Estado Novo.
Álvaro Cunhal regressa a Portugal em 30 de abril.
É realizado o VII congresso (extraordinário) do PCP, em 20 de Outubro, o primeiro na legalidade desde
os anos 1920. PCP e Cunhal participam em sucessivos governos
provisórios.
1975
25 de abril - Eleições para a Assembleia
Constituinte. Foram eleitos 250 deputados. A forte influência do partido no
Período Revolucionário em Curso (PREC) não se reflete nos resultados
eleitorais. O PCP elege 30 deputados, o Partido Socialista 116
e o Partido Popular Democrático (futuro Partido Social Democrata) 81.
A revolução está nas ruas, inicia-se a Reforma
Agrária, com a ocupação de terras no Alentejo e Ribatejo.
Em 28 de Novembro, é o princípio do fim do PREC e
do "Verão Quente", após o golpe ou confronto entre o grupo dos
"moderados" e a "esquerda militar", no 25 de Novembro, com
a adoção de um modelo político de democracia representativa.
Melo Antunes, “moderado” e conselheiro da
revolução, faz declaração à RTP a defender que o PCP deve continuar na legalidade.
1976
Eleições presidenciais em 27 de junho. António
Ramalho Eanes é eleito à primeira volta com 61,59% dos votos. O candidato
apoiado pelo PCP, Octávio Pato, consegue 7,59% dos votos. Fica
atrás de Otelo Saraiva de Carvalho (16,46%) e de Pinheiro de Azevedo (14,37%).
Realiza-se a primeira festa do Avante!, em Lisboa.
1977
Governo do PS, através da chamada “Lei Barreto”,
começa a limitar a Reforma Agrária, que levou à ocupação de terras no Alentejo
e Ribatejo. PCP vota ao lado do PSD e do CDS e ajuda a fazer
cair o executivo liderado por Mário Soares.
1979
IX congresso do PCP e é criada a Juventude Comunista Portuguesa,
a partir da União dos Estudantes Comunistas (UEC) e da União da Juventude
Comunista (UJC).
1980
O primeiro-ministro, Sá Carneiro, e o ministro da
Defesa, Amaro da Costa, líderes do PSD e CDS, morrem na queda de um avião, em
Lisboa.
Nas presidenciais, o candidato apoiado pelo PCP, Carlos Brito, desiste a favor de Ramalho Eanes,
que é reeleito Presidente da República.
1982
Primeira revisão constitucional, à qual o PCP se opõe, que acaba com o Conselho da
Revolução. É criado o Conselho de Estado, a que Cunhal pertenceu até 1991.
1986
PCP faz congresso extraordinário para decidir apoio a Mário
Soares na segunda volta das presidenciais.
Cunhal faz visitas à China, Vietname, Laos e
Camboja e, no regresso, reúne-se em Moscovo com o líder soviético, Mikhail
Gorbachev.
1987
Momento de contestação interna no PCP. O "grupo dos seis", de Vital Moreira,
Veiga de Oliveira, Silva Graça, Sousa Marques, Vítor Louro e Dulce Martins),
entrega documento à direção para pedir mudanças no partido. Álvaro Cunhal
recusa quaisquer alterações no rumo ou "abertura" do partido.
MDP rompe com APU (Aliança Povo Unido) e PCP e PEV avançam com CDU (Coligação Democrática
Unitária).
1988
Depois do “grupo dos seis”, surge a “Terceira
Via”, que também pede mudanças numa altura em que Mikhail Gorbachev já tinha
lançado reformas e a “perestroika” na URSS. É ano de congresso. Contestatários
como Zita Seabra são afastados do comité central.
1989
Cunhal viaja até Moscovo. Tem uma audiência com
Gorbachev e é-lhe entregue a Ordem de Lenine. Nas autárquicas, coligação do PS
e PCP, liderada por Jorge Sampaio, ganha as eleições em
Lisboa. Nas europeias, o PCP, na CDU, elege quatro eurodeputados, com 14% dos
votos.
1990
O PCP faz o seu XII congresso (extraordinário), em
Loures, um ano após o fim da URSS e a queda dos regimes comunistas na Europa de
Leste. Faz uma análise às causas do "fracasso de um 'modelo' que
representou o afastamento dos ideais do socialismo", mas
"reafirmou" a sua "profunda confiança e convicção no valor,
atualidade e projeção dos ideais comunistas". Cunhal continua à frente do
partido. Carlos Carvalhas é eleito secretário-geral adjunto.
Zita Seabra é expulsa do PCP.
1991
É o ano do golpe de estado na URSS para derrubar
Gorbachev, que teve, num primeiro momento, o apoio do PCP.
Em 19 de Novembro, o comité central anuncia a
expulsão dos militantes Barros Moura, Mário Lino e Raimundo Narciso por
posições políticas discordantes das do partido e "atividades
fracionárias".
Nas eleições presidenciais, Carvalhas vai às urnas
e recolhe 12,8% dos votos.
1992
No XIV congresso, em Almada, em dezembro, Álvaro
Cunhal deixa a liderança do partido. Carlos Carvalhas assume o cargo de
secretário-geral. Cunhal continua, porém, com um cargo especial, de
coordenação: presidente de um novo órgão, o conselho nacional.
1995
Nas legislativas, a CDU baixa a votação, para
9,5%. Nesse ano, Jerónimo de Sousa é o candidato presidencial, mas desiste a
favor de Jorge Sampaio, que é reeleito para Belém.
1996
Novo período de crise interna no PCP. No XV congresso, é extinto o conselho nacional e
Álvaro Cunhal passa a ser apenas membro do comité central. Faz palestras pelo
país e aproveita-as para se pronunciar contra mudanças pretendidas pelos
"renovadores".
1998
Comité central lança o “Novo Impulso” que, na
prática, acabaria com os chamados “controleiros”. Este documento propõe que
sejam eleitos pelos militantes, e não nomeados, os dirigentes que fazem a
ligação das organizações com os organismos superiores. A proposta caiu no
congresso, dois anos depois.
2000
XVI congresso realiza-se em Lisboa, num momento de
grande atividade dos “renovadores”, e é a primeira vez desde o 25 de Abril que
Cunhal não participa, por questões de saúde. Envia, porém, uma mensagem aos
congressistas, lida pelo ator Canto e Castro, em que faz a defesa da linha
marxista-leninista, do centralismo democrático e trava quaisquer mudanças
estratégicas do partido.
2001
Álvaro Cunhal aparece pela última vez em público
para votar nas presidenciais, em que o candidato apoiado pelo PCP é António Abreu.
2002
Comité central ratifica, em setembro, a expulsão
dos renovadores Edgar Correia e Carlos Luís Figueira e a suspensão, por 10
meses, do histórico Carlos Brito. É lançado o movimento Renovação Comunista.
2004
No XVII congresso do PCP, em novembro, em Almada, Jerónimo de Sousa é
eleito secretário-geral do partido, sucedendo a Carlos Carvalhas.
2005
Morte de Álvaro Cunhal, 12 de junho, com 91 anos.
O funeral, em Lisboa, reuniu milhares de pessoas numa última homenagem ao líder
histórico do PCP.
Nas legislativas, o PS, com José Sócrates,
consegue a sua primeira maioria absoluta. A CDU tem 7,5% e sobe o número de
deputados de 12 para 14.
2006
Em ano de presidenciais, Cavaco Silva é eleito.
Jerónimo de Sousa recolhe 8,5%.
2008
Jerónimo de Sousa é reeleito secretário-geral do PCP, no XVIII congresso, em Lisboa, em 02 de dezembro.
2012
Em 02 de dezembro, o comité central do PCP reelege por unanimidade Jerónimo de Sousa
secretário-geral do partido, no último dia do XIX congresso, em Almada.
2015
Em 04 de Outubro, realizam-se eleições
legislativas. Coligação PSD/CDS-PP vence com 36,83% dos votos, o PS é segundo
partido mais votado (32,38%). Apesar da vitória da direita, há uma maioria de
esquerda no parlamento, com o PS, BE (10,22%), e PCP-PEV (8,27%), que abre caminho a um acordo
parlamentar inédito. Mais tarde apelidado de "geringonça", os
socialistas formam Governo, apoiados em posições comuns assinadas com PCP, BE e Verdes.
2016
No XX congresso, em Lisboa, Jerónimo de Sousa é
reeleito para mais um mandato como secretário-geral do PCP.
2019
Nas europeias de 26 de junho, a CDU obtém 6,9% dos
votos, elege dois eurodeputados, perdendo um representante no Parlamento
Europeu comparativamente às eleições de 2014.
06 de outubro - A CDU, coligação liderada pelo PCP, elegeu 12 deputados, menos cinco do que em 2015,
numas eleições ganhas pelo PS, com 36,34%, longe da maioria absoluta.
[Fontes: Agência Lusa, “Uma Biografia Política de
Álvaro Cunhal”, José Pacheco Pereira (ed. Temas e Debates), “Breve História do
Partido Comunista Português”, Joana Reis (ed. 100Folhas/