Numa pergunta entregue no parlamento, com data de quarta-feira, mas enviada, hoje, à agência Lusa, os deputados do PCP João Dias (eleito por Beja) e Paula Santos querem saber “que conhecimento” tem o executivo “sobre a venda da mina de Neves-Corvo por parte da Lundin Mining”.

O documento, que tem como destinatário o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, alude às “notícias vindas a público sobre a eventual venda da mina de Neves-Corvo” para indagar o Governo sobre “que medidas tomou no sentido de conhecer as intenções da Lundin Mining, atual proprietária da Somincor”, empresa que explora aquele complexo mineiro.

“Que medidas vai o Governo tomar quando à defesa dos interesses do país e dos trabalhadores” é a outra pergunta colocada pelos deputados comunistas.

As questões suscitadas pelos parlamentares do PCP surgem na sequência de uma notícia publicada pelo semanário Expresso, no dia 15 deste mês, que titulava “Lundin Mining estuda a venda das minas de Neves-Corvo”

“A Lundin Mining está a avaliar a venda na mina Neves-Corvo, de cobre e zinco, em Portugal por cerca de 1.000 milhões de euros (1.000 milhões de dólares), segundo fontes próximas da empresa canadiana citadas pela Bloomberg”, podia ler-se o semanário.

No comunicado de hoje, os deputados do PCP argumentam que, perante as notícias recentes de que a Lundin Mining, atual proprietária da Somincor, poderá estar a avaliar a venda do complexo mineiro, “é necessário haver uma clarificação pública da parte do Governo no sentido de acautelar os interesses do país, da região e dos trabalhadores”.

Situada no concelho alentejano de Castro Verde, a mina de Neves-Corvo produz, sobretudo, concentrado de cobre e de zinco.

Nestas minas, consideradas as maiores da Europa, trabalham cerca de 2.000 pessoas.

 

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