Considera o PCP que “os diversos documentos apresentados pelo governo minoritário do Partido Socialista, estão condicionados pelos espartilhos e orientações da União Europeia, sendo que por isso mesmo não apresentam uma análise suficientemente ampla, que permita enfrentar os problemas existentes e tomar as medidas adequadas.”

Para o PCP “o PRR e outros documentos estão escritos numa perspetiva liberal e não rompem com a política de direita que tem vindo a ser seguida, política que nos trouxe até aqui e que é responsável pela degradação da situação económica, social e demográfica da região” por isso considera que “não faz sentido insistir no mesmo tipo de opções” porque “elas não permitirão resolver os problemas.”

Para o PCP é fundamental que o diagnóstico aborde, entre outros, três aspetos relevante “a gravíssima situação demográfica que a região evidencia”, “a questão do acentuar das disparidades demográficas” e “a necessidade de se reequacionar, em diversas dimensões, o modelo de desenvolvimento agrícola quer nas áreas de regadio, quer nas áreas de sequeiro.

O PCP reafirma ainda as ações e os investimentos que considera fundamentais para a região dos quais destacamos, “a definição de medidas para a instalação de novas indústrias, no quadro da necessária diversificação da base económica, associada à revitalização dos parques industriais e zonas de atividade económica” assim como “a construção da 2.ª fase do Hospital Distrital de Beja, e a valorização de todos os Centros e extensões de saúde(…) dotando-os com os indispensáveis recursos humanos, com fixação na região de mais médicos, enfermeiros e especialistas doutras áreas.”

No setor da educação, o PCP defende “a melhoria da oferta regional do ensino superior e do ensino profissional, bem como a qualificação das escolas do ensino secundário e básico.”

A “melhoria da rede de infraestruturas hidráulicas, com destaque para a ligação de Alqueva ao Monte da Rocha, e a alteração do modelo de implementação do empreendimento de fins múltiplos de Alqueva, apostando mais no planeamento e na diversificação dos usos” é outra medida defendida pelo PCP, assim como, a “eletrificação da linha ferroviária entre Casa Branca e Beja e entre Beja e Funcheira, incluindo ligação ao Aeroporto de Beja e a articulação com o pleno aproveitamento da ligação ferroviária Sines-Caia”.

O PCP defende também o “cumprimento do Plano Rodoviário Nacional, com a construção do IP8 entre Sines e Vila Verde de Ficalho, com 4 vias e sem portagens, incluindo nó de ligação ao Aeroporto de Beja, assegurar a completa qualificação do IP2, do IC1, IC 27, a criação de um IC que ligue Portel, a Moura e Vila Verde de Ficalho, bem como a construção de variantes em Aljustrel e Moura.”

Para o PCP é necessário “enquadrar o Aeroporto de Beja, tendo em conta todas as suas valências e possibilidades de utilização, devidamente integrado na rede aeroportuária nacional” e no “setor da aeronáutica, dinamizar o cluster existente, incluindo uma forte vertente de desenvolvimento tecnológico e investigação e interligando-o com as infraestruturas aeroportuárias existentes.”

 

 

 

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