Pequenas empresas do Alentejo Litoral precisam de apoios
A necessidade de aumentar “fortemente” os apoios às micro, pequenas e médias empresas do Alentejo Litoral foi a ideia chave que saiu da conferência realizada, na última sexta-feira, em Grândola para debater o futuro do principal tecido empresarial daquele território.
Vítor Proença, presidente da Comunidade Intermunicipal
do Alentejo Litoral (CIMAL), tanto na intervenção inicial na Conferência “O
Litoral Alentejano-Que Futuro para as Micro, Pequenas e Médias Empresas?” como
no balanço que fez depois dos trabalhos, vincou a importância de criar apoios
para as mais de 13 mil estruturas de pequena dimensão que formam a quase
totalidade do tecido empresarial da região.
A iniciativa, organizada pela Confederação Nacional das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) e pela CIMAL, levou a Grândola responsáveis de instituições públicas como a CCDR Alentejo, IAPMEI, Instituto Politécnico de Setúbal, Comissão de Acompanhamento do PRR e Caixa de Crédito Agrícola da Costa Azul e foi encerrada pelo Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Hélder Reis.
Ainda de acordo com Vítor Proença, também presidente do Município de Alcácer do Sal, “são elas que precisam ser apoiadas”, em aspetos concretos como a redução dos custos em áreas como “o arrendamento comercial, os combustíveis e a eletricidade”, facto que “agravam bastante a vida e impedem o desenvolvimento das micro, pequenas e médias empresas”.
O autarca quis ainda destacar que já lá vai tempo em que a principal preocupação dos municípios eram as infraestruturas. “Agora, há um grande enfoque nas questões da economia”, designadamente “para alavancar” o tecido empresarial, principalmente as empresas de menor dimensão.
Caraterizando o universo de empresas nos cinco concelhos que formam a CIMAL, Vítor Proença referiu que “há 18 grandes empresas” na região e as referidas 13.523 micro, pequenas e médias empresas, que travam uma “luta muito desigual”, nomeadamente pelas responsabilidades financeiras a que os pequenos empresários estão vinculados e a que não podem faltar, muitas vezes com “sacríficos enormes e sem qualquer tipo de apoio”.