Na apresentação pública dos resultados nacionais deste programa, no Porto, Helena Roseta recordou que o mesmo foi criado em junho de 2020 em plena pandemia de Covid-19 e chegará ao fim no próximo mês, após uma quarta prorrogação do prazo de conclusão.

“Conseguimos cumprir o prazo de 30 de junho em matéria de apresentação dos últimos relatórios finais dos projetos. Poderemos precisar de mais uns dias para acerto de contas, mas a própria resolução de Conselho de Ministros prevê essa possibilidade para a qual não é preciso nova prorrogação”, frisou.

Dos 240 projetos realizados, 70 foram no Norte, 34 no Centro, 93 em Lisboa e Vale do Tejo, 27 no Alentejo e 16 no Algarve, sendo a taxa de execução de 98%, referiu.

Estes projetos envolveram a participação de 1.515 entidades, das quais 655 associações e entidades privadas não lucrativas do setor solidário, 371 autarquias, 108 entidades do Sistema Nacional de Saúde (SNS), 136 outras entidades públicas e 245 entidades informais voluntárias.

Na sequência da concretização destes projetos surgiram 56 associações, oito cooperativas e 27 empresas, reforçou

Helena Roseta disse que estes resultados confirmam que este programa foi um “sucesso” e fazia falta porque teve muito mais candidaturas do que aquelas que foi possível apoiar.

O programa Bairros Saudáveis permitiu a realização de 16.344 ações de promoção da saúde nas mais diversas valências, nomeadamente diabetes e saúde alimentar e mental.

Possibilitou ainda a concretização de 682 intervenções de melhoria do espaço público e promoção ambiental (limpeza, remoção de produtos tóxicos, equipamento e criação de hortas) e de 2.089 ações de educação ambiental.

Em matéria de habitação, o programa permitiu fazer pequenas intervenções em 677 habitações melhorando as condições de habitabilidade de 2.470 pessoas.

Além disso, foi melhorada a acessibilidade a 164 pessoas com mobilidade reduzida, bem como o acesso a redes de água, saneamento ou energia a 121 habitações.

A acrescentar a isto foi financiado o pagamento total ou parcial de 407 postos de trabalho durante a execução dos projetos, dos quais se mantêm 284.

“Conseguimos mostrar que, independentemente de haver programas e projetos com muito dinheiro público e até europeu em curso, pequenos programas como este, com 10 milhões de euros, podem ter impactos locais extremamente importantes”, considerou a coordenadora nacional.

Helena Roseta referiu que foram beneficiadas 145 mil pessoas, das quais 28.913 crianças até aos 17 anos, 26.699 jovens entre os 18 e os 24 anos, 69.941 adultos dos 25 aos 64 anos e 20.341 idosos com 65 e mais anos.

Entre estes destinatários incluem-se 20.024 migrantes e 1.133 pessoas com deficiência, acrescentou.

A coordenadora nacional destacou que o suporte do programa foi integralmente digital, tendo os projetos recorrido a páginas próprias na internet (179) e nas redes sociais (428) tendo, ainda, sido feito um jornal digital disponível `online´.

“Foi possível lançar um programa público participativo, transversal, flexível e próximos dos destinatários e das comunidades, mesmo no auge da pandemia e com confinamento generalizado”, sustentou.

Por isso, a coordenadora nacional espera agora que o Governo de António Costa renove este programa Bairros Saudáveis.

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