O Africa Safari Park, previsto pela empresa Africa Land – Turismo e Natureza, Lda para a Herdade da Camacha, a cerca de sete quilómetros da vila alentejana de Almodôvar, inclui o desenvolvimento de dois projetos turísticos.
Segundo o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da iniciativa, em consulta pública até 02 de fevereiro, um dos projetos é um parque zoológico, a instalar numa área de 141,9 hectares, e contará com “um conjunto de animais típicos da savana africana”.
Entre estes, os promotores esperam ter leões, tigres, linces-ibéricos, girafas, impalas, chitas, zebras e palancas, num total de 86 animais, “21 exemplares de carnívoros e 65 exemplares de herbívoros”, segundo o EIA consultado pela agência Lusa.
“Como estes animais serão adquiridos de zoológicos certificados da Comunidade Europeia, não necessitarão de licenças de autorização”, revela a empresa.
No documento, a empresa promotora explica que as visitas ao parque zoológico irão realizar-se “em veículos todo-o-terreno”, estimando-se “uma carga máxima de 200 visitantes por dia”.
O outro projeto previsto para a Herdade da Camacha é o Africa Safari Lodge, unidade hoteleira de cinco estrelas e cuja construção já arrancou.
A unidade será composta inicialmente por ‘bungalows’ e terá capacidade para 72 camas, contando ainda com restaurante, bar, piscina, spa, e sala para eventos e conferências.
O espaço vai ter “decoração e ambiente africano, de forma a poder ser “o prolongamento” da “experiência” do safari, “acrescentando valor e proximidade pelo conforto, pela gastronomia, pela saúde e bem-estar”, afirmam os promotores.
O EIA do Africa Safari Park prevê ainda a construção de um centro interpretativo, através da recuperação de uma habitação existente na propriedade e que servirá “como local de informação aos visitantes”.
Será igualmente criada uma clínica veterinária, para tratamento dos animais e para “atividades científicas e de investigação”, um armazém para alimentos e rações e um edifício de quarentena para animais, “de modo a evitar a propagação de doenças”.
O projeto inclui também uma charca e três furos para abastecimento de água, assim como a construção de duas estações de tratamento de águas residuais, reservatórios de água para consumo humano, rega e incêndio e arranjos paisagísticos dos espaços exteriores.
Com este projeto, a empresa promotora diz estimar a criação de cerca “de 60 novos postos de trabalho”, o que terá “reflexos positivos” na economia do concelho alentejano.