No âmbito da modernização tecnológica da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas (RNBP), criada há 30 anos e que teve “uma paragem no investimento” nos últimos anos, serão adquiridos equipamentos informáticos para as 239 estruturas integrantes da rede.

Outro aspeto será a disponibilização de cinco bibliotecas itinerantes aos concelhos de Aljezur, Calheta de S. Jorge, Marvão, Terras de Bouro e Vila Viçosa, que não dispõem de biblioteca municipal.

A modernização pressupõe ainda software para 14 bibliotecas públicas municipais que não dispõem de um para gestão dos seus fundos, e um sistema de informação e catálogos integrados que abranja as 239 bibliotecas.

O plano de modernização será desenvolvido entre 2022 e 2024 e contará com um investimento de 5,948 milhões de euros.

No âmbito da internacionalização, está prevista uma linha de apoio desenvolvida entre 2022 e 2025, dividida em quatro áreas de atuação.

A primeira, no valor de 3,672 milhões de euros, prevê o apoio à tradução de 1.200 obras literárias, incluindo “Os Lusíadas”, em todas as línguas oficiais da União Europeia.

Em segundo lugar, está previsto o apoio à edição de ‘audiobooks’ e ‘ebooks’, com um valor estimado de 4,8 milhões de euros, para um total de 4 mil livros.

O apoio à modernização e transição digital das livrarias é outro dos eixos de ação integrados no plano de internacionalização e prevê um investimento de 3,798 milhões de euros para um universo de 200 livrarias.

Esta modernização e transição digital engloba tecnologias de informação e comunicação, sistema de gestão de ‘stocks’ e ‘website’ com loja ‘online’, especificou José Maria Salgado.

Finalmente, está prevista a criação de uma plataforma de empréstimo de livros eletrónicos, que “pretende alcançar um universo de 300 bibliotecas [mais do que as 239 da RNBP], porque poderá haver bibliotecas que não pertençam à rede e que adiram a esta plataforma”, destacou o subdiretor da DGLAB.

A criação da plataforma digital está centrada apenas no ano 2022, tendo prevista uma verba de 900 mil euros.

Este investimento permitirá “garantir acesso gratuito pelas bibliotecas públicas à plataforma durante três anos”, explicou José Maria Salgado, salientando que, findo esse período, caberá aos municípios encontrar uma forma de acesso.

 

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