PS do Baixo Alentejo acusa governo de deixar cair oportunidade para o Aeroporto de Beja
O governo deixou cair uma oportunidade para o Aeroporto de Beja, a afirmação é feita, em nota de imprensa, pela Federação do Baixo Alentejo do PS, depois de ser conhecida a localização de um investimento internacional por parte da Lufthansa Technik.
Esta posição tem base a decisão da Lufthansa Technik em avançar para Santa Maria da Feira com um “investimento de milhões de euros na criação de uma fábrica para reparação de peças de motores e componentes de aviões, estimando criar ao redor do investimento perto de 700 postos de trabalho”:
Para os socialistas seria uma “excelente notícia caso o investimento fosse instalado em Beja e tirasse bom partido de todas as infraestruturas existentes no território, nomeadamente do Aeroporto de Beja, uma infraestrutura cada vez mais dedicada à aeronáutica industrial.”
Ainda segundo o PS do Baixo Alentejo, “no momento em que a Mesa se prepara para investir na construção de um segundo hangar para manutenção e reparação de aeronaves em Beja, o investimento da alemã Lufthansa viria reforçar a importância estratégica do Aeroporto de Beja e permitiria robustecer a ideia de existência de um cluster de manutenção e construção de material aeronáutico.”
Dizem os socialistas que é a própria empresa que em comunicado reconhece que a decisão da localização do investimento foi tomada em “cooperação com o Governo”.
Esta situação levou o presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS, Nelson Brito, a reunir-se com o presidente da Câmara Municipal de Beja, Paulo Arsénio, que lhe garantiu que “o Município nunca foi contatado no sentido de apresentar as potencialidades deste território, nomeadamente do Aeroporto que poderia com uma unidade desta dimensão, avançar para uma 2.ª fase, ampliando a placa de estacionamento de aeronaves e a zona de hangares do lado ar da infraestrutura.”
Consideram os socialistas do Baixo Alentejo, que este território está “a perder uma oportunidade de excelência de reforço da importância estratégica do Aeroporto de Beja e considera que a AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, tutelada pelo Ministério da Economia, tem responsabilidades em não ter estudado a opção Aeroporto de Beja para este investimento internacional que seria estruturante para o território.”